A nova campanha da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais (Renctas) mostra o “isolamento social” de diversos animais, que vivem por dias, meses e até anos presot em gaiolas minúsculas e longe de seu habitat.
O material incentiva a denúncia dessa prática ilegal que, só no Brasil, movimenta cerca de três bilhões de reais e tira por ano 38 milhões de aves, mamíferos, anfíbios e répteis de seu lugar de origem.
Segundo Leopoldo Azevedo, sócio-fundador da agência Sala, num período como esse, a atenção do público fica ainda mais longe de questões como essa, pois está focada na pandemia. “Os traficantes e compradores de animais silvestres estão ainda mais em ação. Justamente por esse fator trouxemos a questão da quarentena para a campanha, para mostrar que, mesmo quando parece que o mundo parou, tem muita gente se aproveitando disso para atos cruéis como este”, comenta.
Com imagens feitas durante os resgates de animais, a campanha tem o conceito “O isolamento não é para todos”, além dos contatos para denúncia de tráfico e cativeiros.
Dener Giovanini, coordenador do Renctas, fala da iniciativa. “É muito mais que uma campanha, é um verdadeiro estímulo para continuarmos nosso trabalho. Esta não poderia vir em momento melhor, em que o tráfico de animais tem crescido e precisa ser combatido por todos”, declara.
A campanha começou a ser veiculada em jornais e redes sociais. Em breve, a divulgação vai para outros canais de mídia.