A arte ganhou vida, cor, tato, olfato e se traduziu em paladar na noite da última sexta-feira (09), em Fortaleza, no Ceará. A dona dessa exposição em forma de festa, que reuniu mais de mil pessoas no Terminal Marítimo de Passageiros, foi a Campari. A conexão entre os consumidores e a marca começou em Recife no dia 30 de novembro, dando início a Campari Red Experience, criada e realizada pela agência Mark Up.
Com duas edições em 2016, o objetivo foi proporcionar experiências sensoriais por meio da arte e, para isso, o artista brasileiro Luiz Martins criou uma obra interativa para o público. Em Recife, Mariana Aydar animou a festa, enquanto em Fortaleza o show foi de Karina Buhr. A curadoria artística ficou por conta do pesquisador e doutor Roberto Bertani, com participação de artistas locais.
Em Fortaleza, ao entrar no local da festa, a escuridão do porto e uma paisagem cheia containers deu ao espaço um mistério que logo se desfez com uma luz vermelha forte, que iluminava um grande salão a beira mar. A Campari se preocupou em dar o tom da bebida para cada detalhe, principalmente na instalação criada por Luiz Martins. O artista misturou vídeos, espelhos, bolas, sons, luzes, poemas, e outros elementos artísticos, inseridos em diferentes ambientes. Ao entrar no labirinto criado por ele, por exemplo, a primeira sala trazia muitas pedras no chão, de diversos tamanhos, gerando certa dificuldade para ser atravessada. O desafio era compensado, no entanto, pela próxima área, que tinha o chão coberto por uma espuma, que mudava totalmente a experiência sensorial dos convidados.
Marina Santos, diretora de marketing do Gruppo Campari Brasil, a inspiração para o projeto veio da própria bebida que tem um intrigante sabor bittersweet e uma cor vermelha. “Desafiamos os artistas a repensar o espaço para a arte, levando em consideração as características únicas de Campari para traduzi-las em múltiplos formatos e mídias nas quais as pessoas pudessem ter uma experiência sensorial única e intrigante”, explica.
Arte e Campari
Em 1920, com a disseminaçãode coquetéis clássicos, como o Americano e o Negroni, grandes artistas começam a trabalhar com a Campari, marcando o início da ligação da marca com o mundo da arte. Leonetto Cappiello cria o famoso Spiritello, que traz um homem envolto em uma casca de laranja. Já na década de 30 é a vez da arte geométrica e futurista de Fortunato Depero com peças inspiradas em um mundo fantástico.
Em meados do século XX o artista Carlo Fisanotti dá novos ares para a Campari e em 1960, Bruno Munari desenha o famoso poster ‘Declinazione gráfica del nome Campari’ (Declinação gráfica do nome Campari) para a abertura da primeira linha de metrô de Milão. Atualmente, a obra integra a exposição permanente do MoMa de Nova York.
Já em 1985, Campari assina com o grande diretor de cinema Federico Fellini, que dirigiu o primeiro comercial curta-metragem para o mercado italiano. Desde então, famosos atores e diretores passaram pelas peças publicitárias da marca.
Para celebrar seu 150º aniversário, Campari convida em 2010 o coletivo de arte AVAF (Assume Vivid Astro Focus) e os artistas internacionais Vanessa Beecroft e Tobias Rehberger para criar três rótulos comemorativos em edição limitada. Nasce o projeto ArtLabel Campari que até hoje traz todo ano rótulos assinados por artistas em edições especiais. No mesmo ano é criada a Galleria Campari em Sesto San Giovani, onde fica a sede da marca em Milão.
[GALLERY=152, TYPE=simple]