Com investimento de R$ 10 milhões em mídia, dos quais R$ 8 milhões em um flight de 20 inserções na Rede Globo, o Banco Santander materializou o case “Santander ELA” em 2019, com veiculação próxima do Dia Internacional da Mulher (8 de março), mas sem associação direta com a data.

Na verdade, esse case, que nesta quinta-feira (24) vai ser anunciado pelo Cannes Lions como um dos premiados com Leão de Bronze na competição Creative Business Transformation, provocou inquietação no banco: planilhas de dados exibiam que as empreendedoras mulheres tinham índice de inadimplência inferior aos homens segundo a Serasa. Portanto, assim como acontece no mercado de seguros, deveriam ser premiadas com taxa menor de juros nos créditos contratados.

O trabalho foi o único brasileiro selecionado na shortlist da categoria, anunciada nesta quarta-feira (23).

Sob a liderança do diretor de marketing Igor Puga, o conselho do banco aprovou a criação do Santander ELA, fundo de 1 bilhão que atraiu 100 mil consumidoras em cerca de duas semanas com juros 15% inferiores ao créditos cedidos aos homens. Segundo a McKinsey & Company “Empresas com mulheres lucram mais”. “Tínhamos que fazer uma campanha impactante. A VMLY&R procurou mulheres injustiçadas. Mas nos negócios, como diz o comercial, isso não vai acontecer”, explica Igor Puga.

Igor Puga é diretor de marketing do Santander (Divulgação)

O Santander também ganhou dois Leões de Prata nas áreas Media Lions e Outdoor Lions (A Gente Banca), criação iniciada na VMLY&R e concluída pela Suno United Creators. O Santander também assegurou Bronze no Cannes Lions com a ação de patrocínio da UEFA desenvolvida pela VMLY&R na competição Entertainment Sports. No Total, Santander contabilizou 4 Leões em Cannes 2021.