A relação dos paulistanos com a pizza é tão forte que precisou de uma data especial para comemorar. Não que isso fosse necessário. Há 31 anos, o evento é celebrado em 10 de julho, mas o Dia da Pizza poderia ser facilmente todos os dias diante da popularidade da receita, sobretudo, em seu berço, a capital paulista. 

Segundo a Associação Pizzarias Unidas do Estado de São Paulo (Apuesp), um milhão de unidades são comercializadas diariamente no país, sendo 572 mil apenas em São Paulo – considerada a segunda cidade no mundo no consumo pizza, atrás de Nova York.

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O estado desponta de longe como principal reduto de pizzarias do país, contabilizando 11 mil estabelecimentos, em um total de mais de 36 mil no Brasil. Os sabores mais pedidos são os tradicionais muçarela, calabresa, marguerita, frango com catupiry e quatro queijos, apesar de a cidade ser famosa por versões menos ortodoxas, como de cachorro quente e estrogonofe.

Ainda no campo das invencionices, é de uma pizzaria de São Paulo o título de criadora da primeira versão doce. Segundo o jornalista Edison Veiga, autor do livro Theatro Municipal de São Paulo: Histórias Surpreendentes e Casos Insólitos (Ed. Senac), que assina o blog Paulistices, do Estadão, atribui-se a A Tal da Pizza a primeira delas, de banana, nos anos 1990.

Mas as pioneiras no segmento datam bem antes. A pizzaria Castelões é de 1924, a Bruno foi criada em 1939, e, a partir daí, é a única entre as mais antigas a só servir pizza. Mais do que paixão nacional, o mercado da pizza é promissor. O faturamento anual do negócio brasileiro gira em torno de R$ 22 bilhões ao ano, e é responsável por gerar 116 mil empregos só no estado de São Paulo. No Brasil, chega a mais de 360 mil.