Globo arregimenta 16 patrocinadores para transmissões regionais e Band traz Amazon, PagBank, Dorflex, Itaipava e TIM para sua grade
Alegria é o combustível que energiza o Carnaval. E a vida! Pra que folgar durante a folia se o clima de samba, suor e cerveja abastece a alma, não é mesmo? E vai até a Quarta-Feira de Cinzas quando, em tese, o riso e a alegria dão lugar a volta à rotina. Só que não! Ainda tem o Desfile das Campeãs no Rio e São Paulo, Bacalhau do Batata, Galo da Madrugada e insistentes bloquinhos do tipo vai quem quer continuar o batuque na cozinha que Sinhá quer muito.
Será que o ano começa depois do Carnaval? Para muitos é apenas uma frase de efeito porque a maioria dos negócios do primeiro trimestre é consolidada no fim do ano velho. Mas é claro que o foco fica maior, como esclarece Fernando Guntovitch, fundador e CEO da The Group. “Esse tempo é usado para planejamento, relacionamento, novos negócios e aprendizados, como na NRF, por exemplo”, sintetiza ele, que não parou a agência em 2024. “Estamos ativos porque a agenda de eventos é lotada e a demanda por ações precisa ser incrementada.”
Guntovitch chama a atenção para negócios que são consolidados no verão, principalmente nos segmentos de turismo, bebidas, gastronomia e serviços. Dos ambulantes com água gelada e cachorro-quente providenciais para a galera dos bloquinhos, aos sofisticados prazeres que desengessam orçamentos. “Carnaval, em síntese, é um grande negócio. E a publicidade e o live marketing acompanham o ritmo”, frisa.
“Em 2023, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a folia movimentou mais de R$ 8 bilhões no país. Já a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) projeta faturamento até 15% superior ao do ano passado”, destaca Paula Sauer, economista, especialista em educação financeira e psicologia econômica, professora de economia e comportamental na ESPM.
“A folia traz benefícios para quem trabalha diretamente com os preparativos do evento como os profissionais envolvidos na produção dos desfiles, blocos e cortejos, nos diversos setores como música, design, publicidade, marketing, coreografia, filme, TV, vídeo, rádio, fotografia, costureiras, sambistas, artesãos, fornecedores de produtos para confecção de fantasias e carros alegóricos, entre outros. A geração de empregos também fica aquecida com as vagas temporárias. Atendentes, cozinheiros, garçons, profissionais de limpeza e animadores, entre outros, são funções com maior demanda. Estima-se a abertura de 25,4 mil trabalhadores temporários em todo o país. A economia criativa no Carnaval impacta toda uma cadeia de negócios, que inclui desde hospedagem, bares, restaurantes, supermercados, festas privadas, produção de shows, indústria de vestuário, customização de abadás e serviços de mobilidade, companhias aéreas, cervejarias, até aplicativos, ônibus intermunicipais e locação de veículos”, afirma Paula.
Se não for possível estar presencialmente no Galo da Madrigada, que tem Reginaldo Rossi este ano como tema, ou dar um rolezinho no Bloco da Anitta, que também é musa do Camarote Nº 1, e nos desfiles ao vivo nas avenidas de todo os país, a mídia resolve isso. Com o mote ‘Na tela da TV no meio desse povo, a gente vai se ver na Globo’, a emissora está com programação para a data de Momo em 2024. Quem explica é o executivo Claudio Paim, diretor de produtos publicitários em canais da Globo. “70% dos brasileiros consideram a TV Globo e o Globoplay como as maiores referências de conteúdo neste período. E, para aproveitar todo esse engajamento, reestruturamos as transmissões do Carnaval, movimento que abriu novas oportunidades para as marcas fazerem parte do Carnaval 2024 na Globo”, ele esclarece, mas dando ênfase à cobertura.
Leia a íntegra da matéria na edição impressa de 5 de fevereiro