Estamos em plena campanha para prefeituras e vereanças em todo o Brasil. No próximo mês de outubro teremos a chance de escolher prefeito(a) e vereadores para o nosso município. No meio de tantas propostas e promessas dos candidatos, fica difícil conhecermos a posição dos candidatos quanto à importância de uma boa comunicação.
Sabemos que o que rende voto é falar de educação, segurança, saúde… Mas saibam os senhores ou senhoras futuros prefeitos que, para fazer uma boa gestão do seu município, será de fundamental importância uma boa gestão de comunicação. Sabe-se que mais de dois terços dos problemas de qualquer atividade humana são decorrentes de uma má comunicação (ou da ausência dela).
No caso da saúde, por exemplo, se não há um processo eficaz de prevenção de doenças, os hospitais e os postos de saúde ficarão abarrotados e insuficientes para atender à demanda da população. E uma boa prevenção depende de uma excelente comunicação.
Comunicar períodos de vacinação, orientar como se prevenir quanto a epidemias, estimular hábitos saudáveis e mesmo deixar claro o funcionamento do sistema de saúde da cidade… Tudo isso exige uma boa comunicação.
O mesmo acontece nos setores da educação, segurança, limpeza e todos os demais inerentes à administração pública. Mas é provável que esse tema não esteja na pauta dos senhores dirigentes municipais.
Então, vale a pena levantarmos esse ponto para que não passe despercebido dos candidatos. E uma boa gestão de comunicação começa desde o momento de licitação para contratação de serviços de boa qualidade.
Não “quebrem o galho” nessa área, senhores prefeitos. Contratem uma agência realmente capaz de cuidar da comunicação do seu município. E não só para garantir uma gestão eficaz dos serviços públicos, mas, também, para posicionar o seu município e o diferenciá-lo perante os demais. Pensar na sua cidade como uma empresa.
Cuidar da imagem do município, tornando-o atraente para investimento e criação de novos negócios que poderão gerar preciosos empregos. Tudo demanda serviços de qualidade na área de comunicação.
Temos exemplos excelentes de cidades que conseguem se destacar e gerar movimentação econômica por intermédio de uma boa estratégia de posicionamento e consequente comunicação. Para exemplificar, cito dois casos opostos. O exemplo positivo é o da cidade de Gramado, do interior do Rio Grande do Sul.
A bela cidade, com um bom turismo de inverno, conseguiu quebrar a sazonalidade de baixa do verão criando o Natal Luz, transformando o município num destino concorrido também no fim do ano, lotando hotéis e gerando empregos. O destaque negativo é para Barretos. Quando citamos a cidade, o que lhe vem à cabeça? Festa do Peão de Boiadeiro, certo? Pois é lá que é realizada a maior festa de rodeio do Brasil e uma das maiores do mundo.
Mas o que isso gera de riqueza para a cidade, fora da semana de agosto, quando ocorre a festa? Muito pouco, quase nada. A cidade tem um potencial enorme de se posicionar como centro da cultura “country” do Brasil, mas não o faz, deixando o município estagnado economicamente. É claro que não é tão simples. Não basta apenas uma boa ideia e uma boa comunicação. É preciso ter capacidade de gestão e de articulação.
Mas acredite, senhor e senhora prefeitos, uma boa agência pode ajudar muito. Independentemente desse aspecto estratégico de posicionamento, o povo que o(a) eleger tem o direito de ser informado quanto às suas ações e os serviços à comunidade. E isso não é trabalho para amadores.
Adoraria que o primeiro ato dos prefeitos, após sua eleição, fosse reunir secretários e vereadores e se dedicarem a um planejamento estratégico que respondesse às perguntas básicas de um bom briefing. Como nos posicionaremos? O que faremos e quando? E como comunicaremos e engajaremos? Respondendo a essas perguntas básicas, já se começa uma boa administração. Tomara!
Alexis Thuller Pagliarini é superintendente da Fenapro (Federação Nacional de Agências de Propaganda)