Durante alguns anos, o mercado digital se esforçou em padronizar e homogeneizar os formatos e tamanhos dos displays, em especial depois do surgimento das plataformas de RTB (real time bidding), que compram e vendem mídia na web em larga escala e volume. No entanto, de acordo com Claudia Woods, uma das sócias da Cazamba, junto com Stefan Schimenes e Victor Canô, isso impede que algumas marcas e histórias ganhem destaque. Como uma solução para essa demanda, a Cazamba surge com formatos e tecnologia diferentes para reforçar a presença das marcas e a receita dos publishers.
A plataforma surgiu no segundo semestre de 2013 e já conta com um inventário que gira cerca de 100 milhões de page views mensais. E a proposta da Cazamba é unir a segmentação horizontal, aquela pelo perfil demográfico do consumidor, behavorial targeting e cookies, com a vertical, por interesses como moda, tecnologia e outros conteúdos, e especialmente a criação e implementação de novos formatos, com mais espaço e retenção de atenção do consumidor. Tanto que a companhia garante que só cobra por anúncios visualizados, em um termo de “100% viewability”, política que deve ser instituída também pelo Google.
“Atualmente, você entra em um site e nem percebe que lá estão os anúncios de empresas, aqueles espaços e padrões já caíram em uma ‘zona de conforto’ que o internauta consegue ignorar. O nosso formato, por ser diferente, já chama a atenção, e uma prova disso é que a nossa taxa média de cliques (CTR) é de 1,3%, onde o mercado entrega 0,13%”, diz Victor Canô, responsável pela plataforma e pela tecnologia da Cazamba.
“A mídia online não é invasiva porque agora é qualificada. Hoje não existe mais fobia por um homepage takeover, por exemplo”, diz Claudia, que conta que foi uma das grandes agentes em prol da padronização dos formatos na década de 2000. “Eu não só palestrei como liderei um comitê do IAB para falar sobre a padronização, mas tudo tem um limite.” São seis os formatos disponíveis no site da Cazamba, que promete flexibilidade total.
De acordo com os executivos, outro diferencial é a tecnologia empregada. “O HTML5 não interfere na programação do website. O fato da empresa utilizar essa tecnologia em vez de flash deixa a flexibilidade de formatos e conteúdo das peças muito maior, com a possibilidade de se embedar vídeos, pesquisas ou mesmo hotsites inteiros dentro de um banner”, conta Victor.
Neste ano, a empresa pretende multiplicar por 100 o seu faturamento, bem como triplicar o número de publishers, com o intuito de chegar ao Top 4 das adnetworks globais e “ser a maior rede brasileira depois do Google”.