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Sabe aqueles filmes que te surpreendem pelos mínimos detalhes e pela engenhosidade? Cenários surreais e futurísticos como pôneis que falam e um robô que foge do padrão com movimentos precisos são alguns dos aspectos das produções realizadas pela Fantástica Filmes que deram o que falar. Até hoje, as pessoas lembram do comercial Pôneis Malditos, de 2011, que a Fantástica produziu para a Nissan, com criação da Lew’LaraTBWA, que virou um case da propaganda brasileira e um filme viral.

Já o mais recente vídeo de sucesso é Nissin Lámen perfeito, em que a produtora colocou um robô para competir com humanos para ver quem cozinhava o melhor miojo, em campanha da Dentsu para Nissin.

O cérebro brilhante que está por trás de todo esse cenário fantástico, com o perdão do trocadilho com o nome da produtora, é o diretor de cena e sócio da Fantástica, Marlon Klug, que está na linha de frente do comando ao lado do sócio e produtor-executivo Hermínio Junior. Segundo Klug, ele tem ‘dificuldade de fazer filme com fundo branco’. Pura modéstia dele. O diretor fala que uma boa produção, para ter compartilhamento, precisa trazer códigos da internet e ter uma estratégia por trás.

“A gente percebe que o nosso trabalho tomou outra proporção quando começa a receber elogio de concorrentes. Faz algum tempo que estava procurando isso, fugir daquele formato de 30 segundos de televisão, temos uma estratégia por trás da campanha, uma produção mais elaborada. Sempre entrego um filme que agrega alguma coisa, uma linguagem diferente, com alguns códigos da internet, como os Pôneis Malditos. Não basta ter um filme, precisa de alguns códigos que façam as pessoas compartilharem, comentar. Trazer esse tipo de linguagem que normalmente não é o que a agência está esperando é o diferencial da Fantástica”, destaca Klug.

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Apaixonado por tecnologia, o diretor ressalta que colocar suas ideias de adolescente em prática, como filmar uma máquina do tempo do jeito que sempre sonhou, só é possível graças aos recursos da pós-produção. “A pós-produção trouxe essa possibilidade de entrar numa parte mágica do processo, como se a gente não tivesse perdido a adolescência, o que dá mais trabalho. Fazer o robô como o do filme de Nissin dá muito mais trabalho. Era muito mais simples eu não ter inventado a coisa de ter um monte de gente assistindo (o duelo), mas é mais divertido, mais impactante, isso traz um pouco de fantasia do que um robô em um fundo branco e um cara cozinhando”, pontua Klug, que já ganhou vários prêmios, entre eles o de Produtora e o de Diretor no El Ojo. “Só com Pôneis Malditos foram mais de 30 prêmios”,conta. “Nunca aconteceu de a gente ter um ator e fundo infinito branco num filme”, reforça Hermínio.

Os sócios dizem que o mercado está aquecido, mas diferente para as produtoras. “Estamos num outro momento, fazendo um trabalho de fato integrado com as agências e clientes, participando de conversas com os clientes, dando uma espécie de consultoria sobre o que podemos fazer melhor para eles. Estamos fazendo o tratamento, entrando junto com a agência na apresentação para o cliente”.