Os conselheiros do Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão) já aprovaram o texto final do Anexo C, novidade que a instituição que zela pela ética comercial entre agências de publicidade, veículos de comunicação e anunciantes, vai apresentar nos próximos dias. O Cenp aguarda parecer dos escritórios de advocacia Magalhães, Ferraz e Nery, que representa a entidade em parceria com o diretor jurídico João Luiz Faria Neto, e Demarest & Almeida, da ABA (Associação Brasileira de Anunciantes), para efetivar a divulgação.
O Anexo C, entre outros itens, reconhece a prática de planos de incentivo, mais conhecidos como BVs (Bonificações de Volume), e repudia empresas de mídia internacionais no mercado brasileiro. Os chamados bureaus não estão proibidos de ingressar no País, mas não serão reconhecidos pelo Cenp. Sem a certificação da entidade, ficam sem a certificação que garantes o desconto padrão de agência de publicidade.
O presidente da entidade, Petrônio Corrêa, coordenou o grupo formado por Gilberto Leifert (TV Globo e Abert), Thais Chede Soares (Aner e Editora Abril), Rafael Sampaio (ABA), Geraldo Alonso Filho (Abap), João Roberto Vieira da Costa (Abap e novaS/B) e Antônio Lino (Fenapro e Talent). A ABA questiona remuneração e BVs. O Anexo A fala da estrutura profissional, técnica e recursos de mídias das agências, e o Anexo B trata do desconto padrão de agência e do sistema progressivo de serviços e benefícios.
O Cenp também criou recentemente o GTM (Grupo de Trabalho de Mídia), que vai fazer uma radiografia da atividade no Brasil. O grupo é formado por Adriana Scalabrin (TV Globo), Manoel Mauger (SBT), Dimas Mietto (Editora Abril), Ivan Marques (Associação Brasileira das Agências de Publicidade e F/Nazca S&S), Ângelo Franzão Neto (Grupo de Mídia de São Paulo e McCann Erickson), Maria Aparecida da Paz Fabri (Contexto e Federação Nacional das Agências de Publicidade), Rafael Sampaio (Associação Brasileira de Anunciantes) e Ricardo Monteiro (ABA e Reckitt Benckiser), sob a coordenação da executiva Celia Fiasco, diretora do Cenp. “Surgiram novas mídias e temos que nos atualizar”, resumiu Corrêa.
Paulo Macedo