A Globo lançou no último sábado (7) o portal Memoria Globo, com informações históricas que passaram pela tela da emissora desde sua inauguração, em 26 de abril de 1965. A data escolhida para o lançamento do produto a mesma em que se comemora o Dia da Liberdade de Imprensa e para divulgar a novidade, a CGCOM desenvolveu campanha, composta por anúncios e filmes veiculados na programação da rede, que fazem alusão á censura.

Um deles traz trechos de uma carta de José Abelardo Barbosa, o Chacrinha, dirigida ao presidente do Conselho Superior de Censura. No documento o apresentador dizia: “ao terminar o programa, fui levado para meu camarim onde encontrei um delegado, dez federais e o chefe da censura,/os quais me deram ordem de prisão (…) Nesse longo e doloroso intervalo – em que pensei perder a própria vida devido a minha saúde abalada – fui fichado, fotografado, como um criminosos comum. E além do mais: paguei fiança de R$ 10,000 (dez mil cruzeiros), sem o que estaria provavelmente preso até hoje. (…) Em resumo: sofri como artista e como homem de bem a maior humilhação da minha vida. E por que? Pelo simples fato de que uma censura federal não se identificou. É isso um fato abusivo, intolerável para qualquer sociedade civilizada”. (…)

Entre as frases apresentadas nas peças estão: “A censura só acaba quando o programa termina” e ” Censura. Não Vale a Pena Ver de Novo”. A assinatura da campanha diz: “Liberdade de Expressão. A gente vê por aqui”.