A publicitária Christina Carvalho Pinto, uma das maiores referências da propaganda brasileira, se uniu a Sérgio Domanico, ex-VP de marketing e trade marketing na Fox, e ao consultor e professor da FGV Paulo Monteiro para lançar a consultoria Hollun. De acordo com os sócios, a empresa tem como proposta conectar cultura, marketing e branding, e surge nesse momento desafiador do mercado diante da alta demanda pelo redirecionamento das marcas.
“A Hollun não faz campanhas e não compra mídia. Ela prepara empresas e marcas para prosperar na Era da Verdade. Com a força multiplicadora das redes sociais, caíram os altos muros que separavam o universo interno do externo, para o qual a marca é o grande interlocutor. Só que esses muros prevaleceram por tanto tempo, que se rompeu o fio da meada: a empresa passou a viver em fatias incongruentes. No universo intramuros, uma cultura muitas vezes disfuncional. E, da porta para fora, o marketing batalhando para construir uma marca com engajamento. Essa incoerência não funciona mais e a insistência na manutenção desse velho modelo vai destruir empresas. A Hollun chega para resgatar esse fio da meada historicamente rompido, revigorando a essência original das marcas, para que cultura, marketing e branding expressem esse vigor em sua totalidade. Não por acaso o nome Hollun vem do grego holos, que significa totalidade”, explica Christina, fundadora do Grupo Full Jazz, que desativou a agência no final do ano passado, após não renovar os contratos com os clientes.
Para Sergio Domanico, não poderia haver melhor momento do que este para lançar a Hollun. “Nosso convívio com CEOs e altos executivos de RH e marketing vem mostrando claramente a demanda – em muitos casos, o desespero – por uma ajuda no redirecionamento da cultura e/ou da marca de forma a obter resultados positivos nesse novo cenário tão desafiador. O jeito de pensar empresas e marcas ficou rapidamente velho. A Hollun chega para oxigenar, integrar, descortinar novos caminhos”.
Sobre a diferenciação da proposta frente à concorrência, Paulo Monteiro afirma que eles estudam o mercado de consultoria desde setembro de 2019 e a Hollun é “outro mundo”. “Ainda que sejamos contratados para apenas uma área específica (cultura, apoio ao marketing ou um projeto completo de branding), nós três, que trazemos expertises diferentes, atuaremos juntos naquela demanda específica, desde o diagnóstico até o projeto implementado. Na Hollun, um projeto de branding, por exemplo, traz, além da expertise da Christina nessa área, o meu olhar como especialista em cultura e o do Sergio com toda a sua bagagem em marketing e trade marketing. Podemos atender desde empresas de grande porte (com as quais fizemos toda a nossa trajetória) até empresas de porte menor. Empreendedores merecem contar com ajuda competente, por profissionais que tenham sensibilidade e flexibilidade para compreendê-los”, diz Monteiro.
Domanico destaca também que o core da Hollun será estratégia, mas que a relação deles com o mundo tecnológico é estreita e um dos focos será, inclusive, desenvolver projetos em parceria com startups de alta inovação tecnológica.
Para Christina, diante do tsunami atual, grande parte das empresas está carente de um norte. “Precisam com urgência revisitar e ressignificar seus negócios e a situação é atordoante, pois tudo está acontecendo ao mesmo tempo: o cenário socioeconômico é da maior gravidade; clientes e consumidores clamam por propósito, protagonismo e verdade. O ambiente interno exige coerência e, com toda justiça, quer walk the talk. Diante de tantas carências, surge mais uma muito perigosa: a carência de coragem, por parte de muitos prestadores de serviço, de olhar para os gestores empresariais e dizer com tranquilidade e transparência: ‘A casa caiu e não dá pra reconstruir com os mesmos materiais. Vamos juntos construir uma nova casa. Ela não terá muros, pois eles serão derrubados. As paredes serão transparentes, caso contrário serão destruídas’”.