O mercado de marketing promocional brasileiro está ganhando uma batida colombiana. Atuando de forma mais reservada há exatamente um ano, focada no planejamento e estruturação do modo ideal de operação, a Sístole apresenta seu escritório no país. A agência foi fundada há nove anos na Colômbia, como o braço BTL da Sancho/BBDO, e hoje é líder do mercado andino com quase 50% de participação. Marcando presença em diversos países da América Latina, como Venezuela, Equador e Peru, a operação agora vê o Brasil como mercado-chave. “Passamos um ano trabalhando muito no planejamento do caminho que a gente ia tomar no Brasil e acabamos chegando num resultado espetacular no final de 2011, muito acima do esperado”, conta Erico De Angelis, sócio e diretor geral da Sístole no país.
A operação nasceu após a negociação da antiga agência promocional de De Angelis, a Affinity, adquirida para dar início ao escritório brasileiro. Segundo o executivo, o conhecimento da filosofia colombiana de trabalho foi o suficiente para que ele decidisse encabeçar a chegada da empresa ao Brasil. “Pode parecer estranho ir à Colômbia procurar um novo modelo de negócios a ser trazido para cá, mas o que vi por lá foi impressionante. Nós nos baseamos muito no conceito da inovação, além de ter como diferencial, na opinião dos próprios clientes, o princípio do planejamento pensando em negócio, não apenas em imagem. Nesse mercado, a base é muito no lado criativo e emocional. A gente também explora isso, obviamente, mas focamos principalmente nos resultados e nas formas de mensuração deles”, explica De Angelis, colocando as métricas adotadas pela agência como outro ponto forte. Prospectando clientes específicos, absorvendo alguns da antiga Affinity e sendo descoberta e procurada por outros, a Sístole teve a Gafisa como primeira conta no Brasil e inicia oficialmente suas operações já trazendo no portfólio trabalhos para PepsiCo, Tenda, Pátria Investimentos, jornal Metro e Philips.
Segundo De Angelis, o modelo de trabalho adotado em território brasileiro é muito semelhante ao colombiano, prezando pela responsabilidade sobre todas as etapas de um case promocional ou de eventos. “Entendemos que não dá para garantir a eficácia que temos no mercado colombiano, por exemplo, entregando algumas tarefas a terceiros. Portanto, no Brasil, além da inteligência e da inovação, teremos a execução como responsabilidade”, ressalta o executivo. A equipe é formada atualmente por 15 profissionais, número que deve ser duplicado até o final do primeiro semestre, graças à definição do método de trabalho e ao aumento da demanda de clientes.
Número 1
De Angelis diz não ter pressa para que a operação cresça, focando essa evolução em um “movimento consistente e orgânico”. As previsões, porém, são de que a operação brasileira da Sístole será responsável, no fim de sua primeira década, por mais da metade do faturamento global da rede – que além da América Latina, está presente na Espanha. “Hoje, todas as operações somadas faturam US$ 50 milhões e a previsão é de que, em 10 anos, atinjamos US$ 100 milhões. No Brasil, nossa previsão de faturamento para 2012 é de R$ 10 milhões e esperamos chegar, nesses 10 anos, a R$ 100 milhões anuais”, projeta o diretor.