Ponto Nero, empresa de espumantes do Grupo Famiglia Valduga, apresentou a marca Becas (Crédito: Divulgação)

Seja pela praticidade da embalagem ou pela facilidade de consumo, o vinho em lata vem ganhando adeptos pelo Brasil. Embora o produto não seja novo no mundo, o segmento começou a aparecer no país a pouco tempo e ganhou força no mercado em 2020. De olho em um novo nicho de mercado, as vinícolas e empresas do setor de bebidas apostam em um recipiente mais sustentável – em termos de reciclagem – e flexível para o consumidor, afinal, uma lata de vinho equivale a 1/3 de uma garrafa, o que evita o desperdício do produto.     

“A categoria de vinho em lata é uma das que mais cresce no mundo e o Brasil é um dos mercados mais importantes para a vinícola Santa Rita nesse crescimento. Acreditamos que existe um potencial enorme de expansão deste novo formato no país. A lata como recipiente tem muitos benefícios para o consumidor. Além disso, as latas são mais leves que uma garrafa, o que se traduz em redução de custos e emissões relacionadas ao transporte, destacando seus atributos sustentáveis. Por outro lado, também é atraente comprar um tamanho menor e mais fácil de transportar, em vez de uma garrafa inteira, o que poderia criar uma nova ocasião para um consumo mais flexível e descontraído. O vinho enlatado apresenta-nos oportunidades de consumo que podem competir com cervejas, licores e outras bebidas prontas para beber, por isso temos um enorme potencial, que esperamos explorar com presença nas cadeias mais importantes do país”, comenta Francisca Muñiz, diretora de marketing da vinícola Santa Rita. 

Francisca Muñiz, diretora de marketing da vinícola Santa Rita (Crédito: Divulgação)

Sobre o processo de envase, para entender se o alumínio não afeta o gosto da bebida, a executiva ressalta que as diferenças de produção estão basicamente no cuidado de certos parâmetros físicos e químicos. “Devemos ter alguns cuidados com os vinhos no momento da embalagem. O sulfuroso principalmente. O restante dos parâmetros é basicamente o mesmo cuidado em produções de garrafas. Em relação às características dos vinhos enlatados, desde a implementação deste formato, observamos que os aromas, o frescor e a tensão dos vinhos são muito bem preservados”, reforça.  

Para Eduardo Souza, CMO da Evino, a empresa preza por acompanhar as tendências de mercado para atender os clientes. “O vinho em lata surgiu na Austrália e tornou-se um mercado milionário na Inglaterra e nos EUA, e por termos o clima propício para o consumo deste tipo de produto aqui no Brasil, aproveitamos a oportunidade para trazer essa criação exclusiva para nosso portfólio. Outro fator crucial para a estréia de Vibra! foi a aceitação de vinhos brasileiros pelos nossos consumidores, o que nos trouxe ainda mais insights para essa criação”, diz.

Ainda segundo o executivo, não existe um processo especial de envase, mas sim uma película protetora no interior da lata que não permite o contato do líquido com o alumínio. “Existe uma técnica que consiste na aplicação de uma folha de revestimento protetora em recipientes secos de forma a proteger o vinho contra choques térmicos e odores que podem ocorrer durante o transporte, e que também impede o contato direto da bebida com o alumínio. Além disso, a lata é mais ecológica pois o alumínio é 100% reciclável, ao contrário do vidro, e também é mais leve, o que ajuda com o frete”, salienta.

Eduardo Souza, CMO da Evino (Crédito: Divulgação)

Em outubro de 2020, a Ponto Nero, empresa de espumantes do Grupo Famiglia Valduga, apresentou a marca Becas, que traz vinhos em três variações: Joy Blanc, Fun Rosé e Sweet Moscato. “O mundo mudou e o consumo de vinhos também encontrou novos caminhos. Becas é um produto pensado para uma degustação leve, simples e direto ao ponto. O formato é compacto e fácil de armazenar, prático para atingir a temperatura ideal e as doses individuais possibilitam experimentar diversos estilos. As latas de Becas são de alumínio e possuem um revestimento especial, que impede que a bebida entre em contato com o material, evitando, assim, qualquer alteração no sabor do produto. Elas também podem ser facilmente recicladas e evidenciam o compromisso da empresa com práticas cada vez mais sustentáveis”, comenta Aline Ciota, gerente de marketing da Famiglia Valduga.

Comunicação

Aline Ciota, gerente de marketing da Famiglia Valduga (Crédito: Divulgação)

Sem grandes investimentos em mídia e por ter uma pegada mais ‘On the go’, as marcas trabalham suas comunicações com os jovens e, assim, oferecem uma nova experiência de consumo. “Desenvolvemos o Becas para atender a uma demanda de um público jovem, antenado em novos processos responsáveis de consumo e que não abre mão da qualidade. Cada dose de Becas traz a reconhecida expertise do grupo na produção de vinhos e espumantes e, também, um olhar cuidadoso para o meio ambiente. Por isso, a comunicação da marca é bem jovial. Caracterizada por uma ovelha moderna, a personagem da marca representa a inserção destes animais no bioma dos terroirs do grupo, onde, por meio da pastagem, controlam o desenvolvimento de plantas invasoras e fazem com que a utilização de defensivos agrícolas seja consideravelmente reduzida, promovendo um plantio cada vez mais equilibrado. O nome Becas faz alusão à forma que os descendentes de italianos da região Sul do Brasil carinhosamente chamam suas ovelhas”, ressalta Aline. 

Sob o conceito ‘O vinho é nosso’, o vinho Rita pretende conquistar as mulheres pelo mundo. “O consumidor de Rita é antenado, é livre de padrões e busca por inovação, que é a proposta da marca. Rita pretende trazer uma nova experiência para o consumo do vinho, levando o prazer da bebida para além da mesa, para outros momentos e espaços da vida. A comunicação da marca segue essa linguagem, jovem, autêntica, divertida. Por isso, em 2020, ano do lançamento, nossa campanha foi inteiramente focada no digital e na experiência de consumo, mesmo com o isolamento social, promovemos uma série de ativações para que, de consumidores a digital influencers, tivessem um momento Rita, os conectando com os valores da marca de inovação, autenticidade e empoderamento”, comenta Francisca. 

A vinícola Santa Rita acredita que a lata como recipiente tem muitos benefícios para o consumidor (Crédito: Divulgação)

Perspectivas

Mesmo com um cenário econômico não tão favorável, as perspectivas das empresas para 2021 são otimistas. Com distribuição em todo o Brasil, a Evino espera obter um crescimento em vendas de até 30% com o seu vinho em lata. “Vibra! é uma linha fixa no nosso portfólio e, devido às suas funcionalidades que propiciam o consumo individual, essencial para o momento em que estamos, e combinam perfeitamente com o clima do nosso país, nossa perspectiva é impulsionar o consumo do produto e fazer com que ainda mais pessoas vivam essa experiência”, diz Souza.

Evino espera obter um crescimento em vendas de até 30% em 2021 (Crédito: Divulgação)

Com quase um ano de presença no mercado brasileiro, a marca chilena Rita já pode ser encontrada em todo o país em lojas e e-commerce do grupo Pão de Açúcar. “A expectativa para este ano é consolidar as três variedades do produto – Rosé, Sauvignon Blanc e Bruto – e atingir a venda de mais de 150 mil latas. Os nossos produtos também podem ser encontrados nas lojas da rede Angeloni, Zaffari e no e-commerce Divvino”, destaca Francisca.

Já Aline enfatiza que as expectativas para 2021 são ótimas. “Com a valorização dos vinhos brasileiros e o consumidor querendo experimentar novos produtos, a Becas oferece um formato leve e descomplicado. Por isso, temos ótimas perspectivas para este ano. Nosso produto já é vendido para todo o Brasil por meio do e-commerce do Grupo Famiglia Valduga e também em lojas e supermercados parceiros”, finaliza.