A primeira entrevista ao vivo a uma televisão concedida pelo juíz Sérgio Moro rendeu o maior Ibope do programa Roda Viva, da TV Cultura, nos últimos 18 anos.
A atração que foi ao ar nesta segunda-feira (26) obteve uma média de 3,8 pontos, contra o patamar de 0,5% obtido nas últimas semanas. O número representa um crescimento de 760%. O pico de audiência chegou a 4,6%. A última vez que o Roda Viva teve uma audiência grande que essa foi em 2000, durante entrevista com Marta Suplicy, então prefeita recém-eleita em São Paulo.
A atração marcou a despedida do apresentador Augusto Nunes, que esteve à frente do jornalístico nos últimos cinco anos. Ele será substituído por Ricardo Lessa.
Na internet, a TV Cultura transmitiu a atração através de suas páginas no Facebook, YouTube, pelo aplicativo Cultura Digital, além de posts no Twitter. A repercussão da entrevista também foi grande no digital. Na madrugada, o Twitter chegou a registrar a entrevista como o assunto mais comentado no mundo. À meia-noite, o nome de Moro havia sido mencionado mais de 120 mil vezes nas redes sociais.
Direto ao ponto
Sabe-se que uma boa parte do mercado sintonizou a atração ou acompanhou a repercussão pela internet. Com expectativa de audiência muito acima da média, a agência Tech and Soul veiculou dois comerciais institucionais, que divulgam os serviços da empresa, criados especialmente para os intervalos da atração. “Percebemos que muitos profissionais de marketing, CEOs e donos de negócios assistiriam à entrevista de Moro, por isso, fizemos uma comunicação direta a eles”, afirma Claudio Kalim, sócio e CEO da agência.
Nos filmes da série “Mala direta”, a empresa brinca com o fato de que a audiência é tão qualificada em formadores de opinião, empresários e diretores de empresa, que aquela mensagem era mais uma mala direta do que um comercial de TV. “Não tem forma melhor de valorizar uma publicidade contemporânea do que entregando a mensagem certa para as pessoas certas e no melhor momento possível. A criatividade esteve presente na criação da campanha e na estratégia de mídia”, completa Flavio Waiteman, sócio e CCO da Tech and Soul.