O faturamento nominal do comércio eletrônico brasileiro subiu 26% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2013, chegando a R$ 16 bilhões, informou nesta quarta-feira (30) a empresa de pesquisas E-bit, especializada em informações sobre o setor.
O avanço de dois dígitos contrasta com o desempenho do varejo como um todo, que, diante de um cenário de inflação e juros altos, vem perdendo o vigor mostrado nos últimos anos. Segundo os últimos dados do setor divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as vendas do varejo tiveram alta de 5% no acumulado do ano até maio.
Na visão do diretor executivo da E-bit, Pedro Guasti, fatores como promoções, entrega em casa com frete grátis e possibilidade de pesquisa virtual de preços vêm contribuindo para que o consumidor feche a compra pela internet. De janeiro a junho, o número de pedidos pelo canal cresceu 35,5%, totalizando 48,17 milhões, com tíquete médio de R$ 333,40. A estimativa da E-Bit para 2014 é que o faturamento do comércio eletrônico cresça 21%, com registro de 104 milhões de pedidos.
Categorias
No primeiro semestre, a categoria de moda e acessórios manteve a liderança conquistada há um ano nas vendas online no país, com participação de 18% no volume total de pedidos. A categoria de cosméticos e perfumaria/saúde apareceu em segundo (16%), sendo seguida por eletrodomésticos (11%) e livros/assinaturas e revistas (8%).
As vendas fechadas por dispositivos móveis, por sua vez, passaram a responder por 7% do total em junho, ante 3,8% no mesmo mês de 2013. O crescimento de 84% reflete uma tendência no setor, diante do uso crescente de smartphones pelos brasileiros. “A mobilidade vem ganhando atenção por parte das empresas, que percebem esta mudança no comportamento dos consumidores. Por conta disso, elas começam a desenvolver seus sites e aplicativos para atender a este canal”, disse Guasti.