Os jogos atraem cada vez mais empresas, investidores e, claro, consumidores. O mercado de games é a maior indústria de entretenimento digital do mundo. Caracterizada como uma área totalmente versátil e abrangente, que atinge vários tipos de públicos, a expansão desse mercado está além do entretenimento e tem se mostrado forte aliado nas soluções para o mercado de comunicação. O Brasil é atualmente o 11º colocado no ranking de receitas de jogos no mundo e líder na América Latina. O país também se destaca por ter um dos mais altos índices de jogadores, com um total de 49 milhões. Com o amadurecimento do segmento publicitário no Brasil, agências e anunciantes começaram a se mover e desenvolver ações para suas marcas em novas plataformas. Charles Betito Filho é sócio-diretor da Hive Digital Media, dá algumas dicas e possibilidades de como inserir os games na comunicação de marcas.
1 – Advergames: São jogos desenvolvidos para fins publicitários. O advergame é uma das melhores maneiras de engajamento do consumidor no meio digital, ainda mais com o uso frequente das redes sociais. Hoje, os games são o conteúdo mais consumido nesses ambientes, capazes de criar métricas relevantes para uma marca, além das tradicionais da web (cadastros, visitors e likes na fanpage).
2 – In game advertising: É a captação de anúncios para jogos. Insere a propaganda do mundo real no mundo virtual, usando faixas, pôsteres, spots de rádio, outdoors etc.
3 – Gamificação: Utilização de mecânicas já consagradas em jogos para a otimização de plataformas, além dos jogos. Ex: sites ou apps que promovem pontuação e competição entre usuários ou recompensas.
As principais características dos jogos na comunicação:
1 – Games são notoriamente plataformas de alta performance no que se refere à retenção, viralização e conversão de usuários em consumidores, itens fundamentais em um ambiente multiplataforma. Afinal, a maneira mais inteligente de fazer marketing é interagir com o consumidor e não doutriná-lo.
2 – Ao contrário de uma marca, que pode ou não ter seu vídeo viralizado ou seus consumidores visitando todos os dias seu site/app/fanpage, um jogo depende disso exatamente para existir e morre caso não consiga atingir esses requisitos básicos. Para efeito de comparação, um site promocional raramente retém mais de 5% dos visitantes de um mês para o outro. Em se tratando de games, a taxa esperada é de, pelo menos, o dobro disso.
3 – Com a tecnologia aplicada aos games podemos ir muito além da produção de um jogo e explorar outras oportunidades, como a gamificação de plataformas de CRM (Customer Relationship Management) e BI (Business Intelligence), permitindo a analise do comportamento digital de consumidores e entrega de conteúdo online customizado ou recompensas no ponto-de-venda.
*Charles Betito Filho é sócio-diretor da Hive Digital Media, empresa especializada no planejamento, produção, gestão, métricas e entrega de conteúdo digital com ênfase em games, promoções online e social media.