O uso do mobile para compras cresceu 70% no Brasil no primeiro semestre de 2016 em comparação ao mesmo período do ano passado. O estudo H1 2016 State of Mobile Commerce Report, da Criteo, analisou os hábitos de consumo para entender a evolução do varejo mobile nos primeiros seis meses de 2016 em 12 países.
Em todo o mundo, as vendas por dispositivos móveis vêm superando o desktop, segundo o relatório. Os aplicativos são os canais mais eficientes para a geração de vendas nesse ambiente e, além disso, eles dominam em todos os estágios do funil de compra e convertem três vezes mais que a navegação em mobile browsers.
A maior parte das operações no Brasil, que representa 83%, é realizada por smartphone, que registrou um crescimento de 14% no primeiro semestre versus o mesmo período do ano passado. Somente 17% das compras são feitas via tablet e o sistema operacional mais usado é o Android, que dobrou sua participação de 7,2% na primeira metade de 2015, para 14,4% em 2016. As transações via iOS representam 4,7%.
Em relação às categorias mais vendidas, “Saúde e Beleza” lidera o ranking com 25% de participação. Em segundo lugar, aparecem os itens para “Casa”, seguido por “Moda”, que vem apresentando rápido crescimento e deve ocupar posições mais altas em breve. Comparando o segundo trimestre de 2015 com o mesmo trimestre de 2016, “Moda” registrou 39% de crescimento, enquanto “Saúde e Beleza” e “Casa” alcançaram 32% e 18%, respectivamente.
“É evidente a importância que o mobile já tem e o quanto deve crescer daqui para frente. Os varejistas precisam direcionar suas estratégias para criar experiências verdadeiramente relevantes, transparentes e capazes de engajar os consumidores. As marcas que dominarem a tendência mobile terão vantagem sobre os concorrentes”, afirma Fernando Tassinari, diretor geral da Criteo no Brasil.
No Japão e no Reino Unido, as vendas por dispositivos móveis já ultrapassaram as operações feitas via desktop. Países como Brasil, Austrália e França registraram maior crescimento na participação do mobile no e-commerce em relação a 2015. As maiores taxas de conversão estão no Japão, Reino Unido e Coreia do Sul. Pela primeira vez, os smartphones foram responsáveis pela maioria das transações móveis dos grandes mercados globais. Varejistas que já possuem aplicativos e são mais maduros no ambiente mobile tiveram 90% a mais de conversões em comparação com lojistas emergentes no segmento.
“O mobile commerce atingiu um ponto de transição e está superando as compras feitas pelo desktop na medida em que os varejistas continuam investindo em suas plataformas móveis”, diz Elie Kanaan, Vice-Presidente de Marketing da Criteo. “Os varejistas precisam criar estratégias de mobilidade e uma experiência omnichannel para que possam engajar seus consumidores onde quer que estejam. As marcas que apostarem na tendência do mobile terão vantagem competitiva e irão liderar as vendas nas festas de final de ano”, acrescenta Tassinari.