Bob Wei, fundador e diretor-presidente da Chinarte, é o entrevistado da nova coluna 'Conexão China'

E nesse caso, o título é literal. Estamos falando dos serviços de comunicação que Bob Wei faz há cerca de duas décadas entre empresas de dois lados do mundo, China e Brasil.

Fundador e diretor-presidente da agência Chinarte, Wei chegou a São Paulo ainda na infância e desde a adolescência passou a divulgar a cultura chinesa entre brasileiros.

Pioneiro na implementação de uma agência especializada nesse segmento, ele conta a seguir sobre sua trajetória e o que realmente importa para atender os chineses com eficácia.

Como foi sua trajetória de promotor da cultura chinesa no Brasil para fundador de uma agência de comunicação bilateral entre Brasil e China?
Começamos há 20 anos, trabalhando como um centro cultural com a divulgação da cultura chinesa no Brasil, intercâmbio cultural, apresentações. Ao longo desse tempo, fomos emprestando serviços de consultoria, comercial, gráfica e tradução para ambos os lados, tanto empresas brasileiras quanto chinesas. Em 2012, viramos oficialmente uma agência, ajudando as organizações brasileiras a lidarem com o mercado de lá e as da China a se estabelecerem aqui, mas sempre do ponto de vista da comunicação.

Seu interesse em divulgar a cultura chinesa começou quando?
Eu vim para o Brasil quando era criança. Desde os 15 anos já trabalhava com divulgação da cultura chinesa. Em 1997, fiz o primeiro site de cultura chinesa em português do mundo. Ganhei prêmio iBest durante uns quatro anos. O site era tipo uma enciclopédia da cultura chinesa com mais de mil páginas. Eu mesmo programava em HDML, quando a internet ainda era discada, fazia o layout, conteúdo... Por volta de 1999, eu tinha mais de 20 mil membros inscritos.

Bob Wei, fundador e diretor-presidente da Chinarte (Divulgação)

Como é o trabalho de fazer empresas brasileiras se comunicarem bem na China?
A Chinarte atua hoje na parte de comunicação, mas já atuei muito na entrada das empresas no mercado por meio da Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico, onde eu era gerente de mercado e gerente de negócios. Levamos muitas empresas brasileiras para a China. Por ano, levava cerca de 200, 300 empresários brasileiros para visitar, fazer compras, conhecer a Canton Fair (reconhecida como a maior feira de importação e exportação do mundo). Mas hoje foco na comunicação.

Para dar um exemplo prático, vamos supor que eu tenha uma empresa e queira que ela apareça em alguma cidade ou região da China. Como fazem esse trabalho?
Uma empresa não tem como ir direto. Nós a ajudamos a participar, por exemplo, das feiras que a China organiza. A primeira coisa para se mostrar lá é, com certeza, a comunicação. Fazemos toda a produção, desde material gráfico, cartão de visita, website, folder explicativo, tudo em chinês e mandamos entregar direto na feira. Já levamos muitas organizações em feiras de turismo para promover o Brasil: secretarias de turismo, Embratur... Durante quatro anos promovemos na China as Cataratas do Iguaçu. Fizemos o site, conta no WeChat, divulgação em jornais e portais chineses... Já fizemos um pouco de tudo.

Leia a matéria completa na edição do propmark de 7 de abril de 2025