Antecipação é a palavra do momento se o assunto for as compras de final de ano. Os consumidores estão começando a pesquisar os presentes mais caros, como televisores e videogames já em outubro, com conversões começando em novembro. Nesse contexto, a Black Friday mostra que conquistou de vez o bolso dos brasileiros, pois entre 2012 e 2016 as vendas durante a data aumentaram quase cinco vezes (465%). Essas informações fazem parte do estudo Criteo Shopper Story 2017, da Criteo.
Segundo o eMarketer, o e-commerce brasileiro deve crescer 12% este ano. Enquanto isso, as lojas físicas buscam aumentar a presença no ambiente online para atingir novos clientes e atender as necessidades dos consumidores omnichannel. Varejistas e marcas têm antecipado, assim, o planejamento das ações de marketing para o segundo semestre, atraindo os consumidores para um ambiente competitivo, explica o estudo.
“Tudo o que sempre foi verdade absoluta sobre sazonalidade do varejo está começando a mudar, pois agora os consumidores compram quando bem entendem. As marcas e as lojas precisam estar lá com seus produtos durante toda a sinuosa jornada de compra, que para muitas pessoas começa em outubro”, comenta Alessander Firmino, diretor da Criteo para América Latina e Brasil.
Um dado curioso revelado pela Criteo explica que os clientes costumam manter o carrinho de compras online cheio antes da compra. Essa prática é forte especialmente na categoria de roupas, em que um terço coloca itens no carrinho sem fechar o pedido naquele instante.
Pesquisar os produtos na internet antes de comprar na loja física é chamado de webrooming e 62% dos consumidores entrevistados afirmam fazer isso às vezes. Por outro lado, muitos clientes compram online depois de ver o produto em um varejista. Neste caso, 64% fazem isso às vezes. Fazer o pedido online para retirar em uma loja física é regular para 20% dos entrevistados, uma vez que 51% faz isso às vezes também.
As compras via smartphone estão se desenvolvendo e, no quarto trimestre do ano passado, 24% de todas as compras online do país foram concluídas no ambiente online. Nos Estados Unidos, que tem um mercado online bem desenvolvido, a conversão é de 36%.
Sobre o tema, a Criteo afirma que 38% dos participantes da pesquisa compram via smartphone em uma loja online de dentro de uma loja física às vezes, enquanto 16% fazer isso regularmente e 46% nunca o fizeram. A compra mobile na loja online de um varejista de dentro da loja física dele é regular para 17%, às vezes para 37% e nunca para 47%.
“Os varejistas precisam traçar estratégias que foquem no consumidor e não apenas no canal ou dispositivo. Em média, a jornada de compra é 1,5 vez mais longa do que o visto em análises que consideram apenas um device”, explica Firmino.
A competitividade vem ficando maior no e-commerce brasileiro graças à expertise cada vez maior dos grandes anunciantes e ao aumento da concorrência online. Os consumidores podem comparar preços em vários sites, além de condições de pagamento e frete. O cross-shopping é comum em categorias como eletrônicos, na qual 47% dos consumidores dizem visitar vários sites antes de efetuar a compra.
