Lionel Messi dribla zagueiros em jogo da UEFA Champions League (Créditos: Michael Steele/Getty Images)

O grande destaque brasileiro da final da UEFA Champions League não foi Neymar, do PSG, nem Philippe Coutinho, camisa 10 do Bayern de Munique. Quem ganhou de goleada foram os canais WarnerMedia, que conquistaram recordes históricos com a transmissão de jogos do torneio.

A TNT, que transmitiu o torneio com exclusividade na televisão por assinatura, teve audiência 85% maior na final, em relação à decisão da temporada 18/19. Entre telespectadores brasileiros, o canal alcançou a liderança no ranking de audiência domiciliar: foram 19,67 pontos na média da exibição, com um pico de 23,05 e share de 52,7% entre os canais da TV Paga do Brasil¹, garantindo ainda o maior desempenho de um programa em televisão por assinatura nos últimos 30 anos no Brasil². Foram 18,7 milhões de interações nas redes sociais³.

Gilberto Corazza, Vice-Presidente de Ad Sales para Brasil da Turner, destaca que esses números são consequência da expertise e do profundo conhecimento que o grupo possui sobre a propriedade Champions League. “A gente foi evoluindo não só na forma de transmitir no linear, mas também de reverberar esse conteúdo de uma maneira única no digital”, relata.

Há dois anos, a empresa apostou na transformação do TNT e do Space (que também transmite partidas da Champions) em canais Superstation. Isto é: verdadeiras centrais de entretenimento nas quais o telespectador poderia usufruir de esportes, filmes, séries e talk shows, entre outras atrações. “Com um olhar voltado ao business e muito atento ao que levávamos à audiência, fizemos uma escolha ousada, disruptiva e que no fundo se mostrou muito correta: transmitir todo conteúdo que a gente achava mais relevante para nossa audiência dentro dos canais TNT e Space”, relembra Corazza. Essa transformação, alinhada à força da marca Esporte Interativo no digital, provou-se eficiente e catalisadora de um crescimento da atenção no linear e no digital ano após ano.

Nas últimas três temporadas da Champions League, a audiência vem crescendo em todas as fases. Nas quartas-de-final, em 2020 aumentou 203% na comparação com 2018. Nas semis, subiu 341%, na mesma comparação, e na final, 449%. De maneira geral, a audiência cresceu quase 80% nos últimos três anos4.

Como o linear alimenta o digital e vice-versa, esse desempenho se reflete também no digital. A transmissão da final no Facebook teve 4,3 milhões de viewers simultâneos e bateu recorde mundial de exibição de esportes por streaming5. O Instagram do EI teve 131 milhões de interações relacionadas ao Super Agosto, fase decisória da Champions 19/20 que ocorreu em Lisboa. Esse recorde superou os índices atingidos pelos times da final somados, passando até mesmo os números do perfil de Neymar – entre os atletas mais engajados na rede, com 142 milhões de seguidores –, e três vezes mais que as interações conquistadas pelo segundo colocado entre canais esportivos brasileiros6. Nas quartas, jogos do PSG, Bayer e Barcelona chegaram a ocupar todos os 20 primeiros assuntos de trending topics brasileiros no Twitter7.

“O nosso grande trunfo é a força que a gente tem de falar com os fãs em todos os meios, não só na televisão”, explica Fábio Medeiros, Vice-Presidente de Esporte Latam da Turner. Segundo o executivo, a criação de histórias em torno da partida foi outro componente essencial da receita para todos os recordes. “Quando temos um jogo desse tipo, temos uma reunião um mês antes e definimos quais histórias estão por trás daquele embate”, diz.

Para Medeiros, os competidores na produção e distribuição de conteúdo já não são mais tão óbvios. “A concorrência hoje é pela atenção do consumidor e do fã. Quando penso na audiência, imagino que é ele que está decidindo se vai assistir nosso conteúdo ou se vai jogar uma partida de Fortnite”, explica o VP de esportes.

“Acredito que estou disputando muito mais gente com outros tipos de entretenimento do que só o programa ou conteúdo esportivo de outros veículos. Quando você tem a atenção do fã, quando você é relevante para aquele fã, é o momento quando as marcas têm a oportunidade de ter uma interação de qualidade, compartilhando aquela atenção com um conteúdo de qualidade”, analisa Medeiros. “A força do nosso linear, com nosso jeito e com nosso alcance de distribuição em Pay TV, é muito forte. Quando você junta a isso o digital, fica imbatível. Não tem para ninguém”, afirma Corazza.

Saiba mais sobre a estratégia digital do Esporte Interativo aqui. [aqui vamos linkar a matéria sobre o digital do EI]

¹Fonte: Kantar IBOPE Media Brasil. 15 Mercados. 23/08/2020. Fut Liga Campeoes Europa Vivo. Rat% e Shr%. Base com TV Paga: Total de domicílios (9.436.000)

²Fonte: Kantar IBOPE Media Brasil. 15 Mercados. Jan’01 a Ago’20. Fut Liga Campeoes Europa Vivo. Rat%. Base com TV Paga: Total de domicílios (9.436.000)

³Fonte: Social Bakers. 20 a 24/08/2020. Conteúdos relacionados ao jogo PSG x Bayern.

4Fonte: Kantar IBOPE Media Brasil. 15 Mercados. Set’17-Mai’19 x Set’19-Ago’20. Fut Liga Campeoes Europa Vivo. Rat%. Base com TV Paga: Total de domicílios (10.420.600)

5Fonte: Facebook Analytics. 23/08/2020

6 Fonte: Crowtangle. 01 a 24/08/2020

7Fonte: Twitter Analytics