Os desafios de Marcelo Passos, novo diretor de marketing do Corinthians, são muitos. No comando do departamento do clube desde fevereiro, quando assumiu a nova gestão, Passos reestruturou a área e lançou uma ofensiva ao mercado. O objetivo dele é claro. “Queremos nos aproximar do mercado empresarial”, garante. “Nossa meta é criar um diálogo com o mercado a fim de fortalecer, ainda mais, a marca Corinthians ”, completa.
O caminho para isso passa por uma série de eventos, como o que acontece nesta quinta-feira (16), quando empresários visitam a Arena Corinthians, em Itaquera, para um tour pelo estádio que foi palco da abertura da Copa do Mundo do ano passado. “Nós temos uma das marcas mais valiosas do futebol mundial e, com base nisso, queremos estreitar relações com este mercado”, diz.
Estreitar as relações para, por exemplo, conseguir mais patrocínios para a camisa do time. O contrato com a Caixa, principal patrocinadora do Corinthians, foi renovado por mais uma temporada – ao todo, o clube recebe R$ 30 milhões por ano. “Agora, nosso objetivo é conseguir patrocínios para as mangas, ombro e calção”, avisa.
De acordo com Passos, os valores vão de R$ 3 milhões (calção) a R$ 10 milhões (mangas) – para os ombros, o valor é de R$ 6 milhões. Sob o comando de Marcelo Passos, o Corinthians voltou a ter um publicitário à frente do departamento de marketing. A mesma pasta já foi comandada por Ivan Marques, sócio da agência F/Nazca, que deixou o clube em 2013.
Reestruturação
Uma das principais mudanças feitas por Passos assim que assumiu o departamento foi reorganizar o modelo de marketing. “Nós horizontalizamos a operação”, revela. Para isso, foram criados quatro cargos de gerente; o de planejamento ficará responsável por pensar no posicionamento da marca; o de vendas, por sua vez, ficará responsável pelos licenciamentos.
O gerente de ativação vai trabalhar ao lado do de vendas e, por fim, foi criado um cargo que será responsável pelo conteúdo e redes sociais. “Embora sejam áreas diferentes, o trabalho será em conjunto, a intenção é virar um ‘círculo vicioso’ entre as áreas”, avisa.