Painel contou com a presença de Vinicius Gambeta, head de conteúdo da Agência de Bolso, e Guilherme Oliveria, CEO da Mudah

A creator economy é um dos principais assuntos que estão sendo discutidos na Gramado Summit 2024 e, nesta quinta-feira (11), o palco principal do evento foi ocupado por Vinicius Gambeta, head de conteúdo da Agência de Bolso, e Guilherme Oliveria, CEO da Mudah, para falar sobre o crescimento desse mercado e como se deu o movimento de influenciadores se tornarem marcas e marcas se tornarem influenciadoras.

A conversa foi mediada por Patrick Paes, CEO da Paes.Digital, que questionou aos convidados qual era a percepção deles sobre o atual momento da economia criativa.

“Acho que nós estamos em um bom momento. Eu estou vendo um ecossistema se formar ao redor dos criadores e hoje existe o contador que é especializado em creators, um banco voltado para o criador digital... Então, você não precisa, necessariamente, ser um creator para ganhar dinheiro com a economia criativa”, afirmou o Gambeta.

Já Guilherme apontou que, apesar dos avanços, a creator economy ainda precisa se profissionalizar e amadurecer. “Nós temos de olhar para trás e ter orgulho das coisas que conseguimos fazer através da internet, mas hoje nós temos uma audiência que exige muito do criador, tanto em relação a posicionamento quanto a criatividade. Ainda temos muito o que percorrer”, explicou.

O CEO da Mudah também compartilhou as suas visões sobre as marcas que optam por trabalhar com a creator economy e, dentre todas as coisas, ele destacou a necessidade de as empresas entenderem a importância de cocriar com aquele influenciador.

“A marca contrata o criador por conta da sua comunidade e, olhando pelo lado da indústria, nós temos que dar mais liberdade para que a pessoa crie o conteúdo. Nós temos que saber aproveitar do conteúdo orgânico e verdadeiro que é oferecido”, completou Oliveira.

Para além do tradicional “publi post”, os painelistas também falaram sobre as formas que os criadores têm de monetizar os seus trabalhos, como por exemplo, licenciamentos, consultoria e palestras, e sobre a naturalização do ato de criar conteúdo nos tempos atuais.

“Hoje, a internet faz parte da nossa vida e a parte de criar conteúdo tem se tornado cada vez mais natura. Todo mundo cria conteúdo de alguma forma, seja no stories, no grupo de WhatsApp, comentários em fotos... Isso é criar conteúdo. O criador de conteúdo deixou de ser um modelo de conteúdo para se tornar algo aplicável a qualquer modelo. Atualmente, a criação de conteúdo é um canal, não o modelo de negócio”, explicou Gambeta.

Paes também perguntou sobre quais são os aprendizados as marcas podem tirar com a creator economy. Ambos reforçaram que existe um fator que faz com que a economia criativa esteja sendo fortalecida, que é a capacidade de se criar comunidades. Oliveira ainda ressaltou que já existem algumas marcas que conseguiram se conectar com o público e que podem servir de exemplo para as demais, como Netflix, Duolingo e Magalu.