O custo de vida para o paulistano fechou 2010 com alta de 6,91%, de acordo com dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Os números mostram que, seguindo a tendência de outros índices já divulgados, o ICV (Índice de Custo de Vida) registrou no ano passado a maior variação desde 2004, quando a inflação chegou a 7,70%.

O grupo Alimentação, com alta de 11,95%, foi o maior responsável pela aceleração da inflação no ano passado. A taxa foi consequência, principalmente, dos aumentos ocorridos nos produtos in natura e semielaborados (16,70%), onde alguns itens tiveram taxas acima de 20%, como ocorreu com feijão (66,57%), carne bovina (37,70%), laranja (25,04%) e frango (23,82%).
Também foi expressivo o aumento verificado para o subgrupo alimentação fora do domicílio (11,52%), resultado de elevações de 12,06%, para refeição principal e 10,77% para lanches.

Três outros grupos também apresentaram variações elevadas, porém inferiores ao ICV, como foi observado em Habitação (6,68%), Educação e Leitura (5,48%) e Saúde (5,45%). Despesas Pessoais (4,72%) e Transporte (4,25%) registraram variações menores. Os grupos com as taxas mais baixas em 2010, por sua vez, foram Despesas Diversas (1,66%), Vestuário (0,61%) e Recreação (0,51%). Apenas o grupo Equipamento Doméstico (-1,02%) apontou deflação em seus preços.No grupo Habitação, entre as maiores altas registradas estão o IPTU, com reajuste médio de 24,51%, empregada mensalista (16,39%), e locação, impostos e condomínio (12,21%).

O custo de vida na cidade de São Paulo aumentou mais em 2010 para as famílias de menor poder aquisitivo (com renda média de R$ 377,49), para as quais a taxa subiu 7,67%. Entre as famílias com nível intermediário de rendimento (renda média de R$ 934,17), o aumento foi de 7,44%, enquanto que para aquelas de maior poder aquisitivo (renda média de R$ 2.792,90), a taxa ficou em 6,49%.

Com informações do jornal Folha de S. Paulo