Nos Estados Unidos, CPMs de TV devem chegar a US$ 73,14 em 2022, aumento de 40% em relação aos preços registrados antes da Covid-19
O custo do investimento em mídia está aumentado no mundo e a TV é o meio que vem sofrendo com o maior impacto, segundo levantamento do serviço de inteligência em marketing Warc. Globalmente, os CPMs de TV (custo por mil) registraram alta de 31,2% desde 2019, o maior percentual em mais de duas décadas. Em 2022, a elevação já está em 9,9o%.
O processo é notado principalmente nos Estados Unidos. Lá, os CPMs de TV devem alcançar US$ 73,14 em dezembro deste ano. O valor representa uma alta de 40,0% em comparação com os números de 2019.
O estudo traz ainda que algumas categorias têm experimentado com mais peso o novo cenário. Segundo dados da Warc Media, as marcas de alimentos investiram, em média, 79,8% de seus orçamentos em TV em 2019, e as do automotivo, 67,7%. Mantido o nível de aporte, até 2021 o volume de impressões teria caído 18 pontos percentuais.
Mídia digital também aumenta
A inflação dos meios também é sentida pelo mercado anunciante ao buscar audiências em canais digitais. Os CPMs de redes sociais tiveram alta de 33% entre 2019 e 2021 (fonte: Skai).
Também cresce o custo da publicidade em plataformas, como a Amazon, assim como os custos de anúncios over-the-top (OTT ou streaming de vídeo). Nos EUA, os desembolsos nos formatos avançados de TV devem subir 9,9%, segundo Federação Mundial de Anunciantes (WFA).
Apesar das altas acentuadas nas principais mídias do mercado, alguns meios como rádio e OOH apresentam uma dinâmica diferente, relata o estudo. Na Austrália, o custo da mídia em rádio ao longo do ano está 1,1% abaixo dos níveis pré-pandemia. Nos Estados Unidos, o quadro praticamente não se alterou no intervalo dos três anos.
Acontece algo semelhante também com OOH, levando em conta painéis estáticos e digitais. No Reino Unido, os preços de anúncios externos estão 3,1% mais baixos, e nos Estados Unidos, 5,8%.
Para Alex Brownsell, chefe de conteúdo da Warc Media e autor do relatório, à medida que a participação da TV linear no consumo total de mídia cai, as marcas procuram alcance em outros lugares.
"No entanto, a eficiência da entrega de alcance por meio de canais que não são de TV está sendo ameaçada pela inflação em todo o ecossistema de mídia", afirma.