Um dos jornais brasileiros mais antigos em circulação, com 86 anos, o DCI, que desde 2002 pertence ao Grupo Sol Panamby, passou por várias transformações nos últimos anos. Uma delas foi a mudança do formato, de standard para berliner, e agora, mais recentemente, a entrada para a ANJ (Associação Nacional dos Jornais) e o Cenp (Conselho Executivo das Normas-Padrão), o que perante o mercado publicitário traz mais credibilidade para a publicação. Especializado em economia e finanças, o DCI é uma referência em se tratando de publicidade legal e tem share de 24% desse mercado, atrás apenas do Valor Econômico, que detém 56%. Os dados são do próprio jornal. A chamada safra de balanços financeiros ocorre de fevereiro a abril e tem um segundo momento em agosto, com a publicação dos relatórios dos bancos.

“Mas temos a publicação de atas e editais, por exemplo, que são mais pulverizadas, o ano todo. Na maior parte dos meses, o DCI é o primeiro jornal em publicidade legal. Naturalmente, quando chega o grande momento dos balanços, fica em segundo lugar. Este ano, conquistamos o Banco Original. O DCI é uma referência em publicidade legal no mercado, mas claro que não vendemos só isso. Fazemos inclusive branded content e anúncios convencionais”, destaca Raphael Müller, diretor-executivo do DCI. Grandes jornais, como Folha de S. Paulo e O Estado de S.Paulo, também disputam esse mercado de publicidade legal, mas com um share menor.

O fato é que após o fechamento da Gazeta Mercantil e do Brasil Econômico, o Valor (do Grupo Globo) e o DCI são os únicos veículos com musculatura posicionados neste segmento de economia, finanças e negócios. “É uma estrada muito estreita, não tem muito espaço”, ressalta Müller. De acordo com ele, o jornal tem uma linha editorial que difere bastante do seu principal concorrente. “A proposta do DCI é de falar com o mercado financeiro, com os segmentos de negócios, no entanto, tirando o economês e indo direto ao ponto. A gente tem um público que não necessariamente é avançado nas finanças. Estou falando de profissionais como contadores e advogados da área de negócios. A gente costuma contar muitos cases no DCI. Queremos fazer com que a informação seja útil para os leitores”, avalia Müller.

Raphael Müller afirma que a grande aposta do DCI é na força da sua marca. “Acreditamos na importância que a marca DCI tem para o mercado financeiro, setores da indústria e área do comércio”, reforça Müller. Outra grande aposta este ano é no digital. “Em dezembro de 2017, fizemos uma mudança grande no nosso site e hoje a gente começa a participar do ambiente digital com outra dinâmica, inclusive com olhar editorial para o digital e uma presença maior. No mês passado a gente teve um crescimento de 230% em page views e chegamos a 1,9 milhão de page views e 197 mil visitantes no mês”, conta ele.

Por enquanto, o conteúdo do DCI no digital é aberto. Segundo Müller, a proposta do veículo no digital também é diferente, com a intenção de ser mais um site voltado para serviços ao leitor. “Nós vamos criar, por exemplo, uma área para que o usuário possa baixar as planilhas desenvolvidas pelo DCI, desde orçamento doméstico e de uma viagem até análises financeiras. Enfim, é uma proposta diferente”, destaca o diretor-executivo.

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