Agência subiu ao palco do Festival El Ojo de Iberoamérica 2023 para debater sobre criatividade com propósito

No último dia do Festival El Ojo de Iberoamérica, a Dentsu Creative Latam reuniu alguns dos seus principais executivos no palco para falarem sobre “Criatividade com propósito”.

A conversa foi moderada por Paola Escalante, COO da Dentsu Creative México, e contou com a participação dos painelistas Claudia Saldaña, diretora criativa da Dentsu Creative Chile; Aldo Ramírez, vice-presidente executivo de criação da Dentsu Creative México; Agustín Alba, diretor-executivo de criação da Dentsu Creative Argentina; e Pipe Ruiz, diretor de criação da Dentsu Creative Colombia. Durante a conversa, eles falaram sobre a importância da criatividade na promoção de mudanças para um futuro mais sustentável.

A palestra começou se debruçando sobre a pergunta “por que é importante que o propósito de uma marca se transforme em ações e não apenas em palavras?” e, entre muitas opiniões sobre o tema, Pipe Ruiz afirmou que a conexão com o público e as novas gerações é essencial para o negócio atual. “Para isso, precisamos que as marcas entendam melhor o público, colocando ideias na mídia e interajam de forma culturalmente relevante. O propósito não pode ficar apenas no discurso quando se existe a possibilidade de realizar uma ação”, ressaltou o executivo.

Já Aldo Ramírez apontou que não acredita que todas as ações tenham um propósito, mas que, mesmo assim, algumas marcas tomam a bandeira do propósito como um pilar da sua comunicação, transformando o tema em um compromisso de longo prazo. Como exemplo, ele apresentou um case da Saba, marca de lenços umedecidos femininos do México, que tinha como objetivo quebrar o tabu sobre a menstruação por meio de uma ação no metaverso.

Durante a conversa, Claudia Saldaña também falou sobre a importância de falar sobre determinados temas e levantar as conversas em torno deles. “Não haverá inclusão e não nos sentiremos representados se não começarmos a falar sobre as coisas”, afirmou a diretora.

O grupo de executivos também debateu sobre métodos de gerar impacto para além da publicidade e da comunicação e um dos exemplos apresentados foi o case “Scrolling therapy”, que ganhou um Gran Ojo na categoria Saúde e Farma, que usou a inteligência artificial para desenvolver um aplicativo que permitisse que as pessoas com Parkinson fortalecessem os músculos da face.

Segundo Agustín Alba, a peça permitiu que a agência usasse uma ideia para trazer, de fato, a solução de um problema. “Alcançar mudanças comportamentais nas pessoas afetadas pelo Parkinson, que é uma doença degenerativa e não tem cura. Conseguimos romper com o problema dos exercícios para esses pacientes e o segredo foi fazer desaparecer o espelho, porque os angustia, e conseguimos o engajamento”, apontou Alba.

Por fim, os painelistas afirmaram que não será possível inventar um futuro se os profissionais do mercado não compreenderem a cultura e a sociedade uma vez que a criatividade moderna é aquela que cria cultura e transforma a sociedade.

“Como criativos devemos orbitar ideias com ferramentas contemporâneas e procurar relações simbióticas entre ideias para criar uma indústria diferente para o futuro, compreendendo o consumidor”, completou Ruiz.