Quem teve a oportunidade de conviver ou assistir às memoráveis palestras de Alex Periscinoto há de se lembrar de uma história que era uma das suas preferidas. Um sujeito possuía, à beira de uma grande rodovia americana, uma dessas barracas onde se vende quase de tudo.
 
Graças a ela, conseguiu casar e ter filhos, o mais velho já crescido e enviado à cidade grande para prestar vestibular em economia.
 
Na volta, em meio a uma grande recessão nos Estados Unidos, aconselhou o pai a reduzir a barraca, pois tinha ouvido de alguns professores que a crise iria piorar.
 
O comerciante, sujeito de pouca instrução, mas de grande boa-fé, admitiu que o filho tinha razão, pois, segundo ele, era na cidade grande que as coisas aconteciam primeiro.
 
Cortou, então, a seção de miscelânea da barraca, ficando apenas com as de sanduíches, frutas e refrescos. Suas vendas caíram, pois a barraca retirada era responsável por cerca de 10% do seu faturamento.
 
O filho, em férias, apressou-se em rememorar o que havia trazido da cidade grande: a crise havia finalmente chegado na beira daquela estrada.
 
Voltando para a sua faculdade, prosseguiu ouvindo deste ou daquele mestre e até mesmo de colegas alunos cujos pais possuíam negócios na cidade grande, que o governo era um fracasso e a crise aumentaria de tamanho.
 
No primeiro feriado após regressar às aulas, apressou-se em visitar o pai e contou-lhe o que estava ouvindo. Crédulo, o pai refletiu: “Se meu filho está dizendo isso, é porque é verdade. Vou cortar a barraca de frutas”. E assim fez e viu seu movimento diminuir ainda mais. As frutas representavam 30% do negócio. À noite, ao fechar o caixa, tecia loas ao seu garoto: “Ainda bem que ele está na faculdade. Graças a ele, estou me safando da crise”.
 
Volta o moço às aulas e ouve mais notícias ruins: o índice de desemprego não parava de aumentar, os jornais que chegam à sala de leitura da faculdade estavam pessimistas e seus mestres prosseguiam apontando para o pior.
 
Repete-se a ladainha: o estudante apressa-se em visitar o pai no fim de semana que havia chegado e dá-lhe as más notícias.
 
O comerciante de beira de estrada, vendo no filho um verdadeiro amigo, resolve cortar a barraca de refrescos, passando a vender somente sanduíches e oferecendo água natural aos fregueses, tirada de uma grande barrica que ele enchia durante a noite em sua casa, atrás da barraca.
 
O movimento caiu mais ainda, pois os sucos representavam outros 30% do seu negócio. Sem que o filho precisasse voltar em outro feriadão com novas más notícias, ele mesmo sentiu que já não tinha mais recursos para comprar matéria-prima para os sanduíches e limitou a disponibilidade dos mesmos a dois ou três recheios bastante populares, sem se dar conta que naquela época quem possuísse automóvel e viajasse pelas estradas dos Estados Unidos tinha um padrão de vida melhor.
 
Quando o filho voltou à barraca para o início de novas férias escolares, desesperou-se com o ônibus se aproximando do local onde estava a barraca do pai: não havia mais barraca. Só a casa dos pais e seus irmãos pequenos, com vidros quebrados e grama do jardim no entorno muito maltratada.
 
Esbaforido, adentrou e viu o pai e a mãe desolados diante da TV, com o jornal da hora do almoço (que não havia naquela casa) anunciando dias melhores para todo o país.
 
O pai se levantou, abraçou o filho e agradeceu: “Ainda bem que você entrou na faculdade e voltava sempre para me avisar da crise. Não fosse por você nem este casebre teríamos”.
 
Esta é uma história que não pode se repetir no Brasil. Temos de acreditar o contrário, livrando-nos dos maus conselheiros: o Brasil está invadindo a retomada econômica, embora lentamente por enquanto.
 
Em nossa visão, o processo será acelerado no começo de agosto, que marca o verdadeiro início do segundo semestre entre nós, em termos econômicos. E o segundo semestre, historicamente no Brasil, é melhor que o primeiro em termos de negócios.
 
Sim, é verdade que passamos todos por maus momentos. As diversas quadrilhas de políticos e seus colaboradores, dentre estes muitos empresários, foram em sua maioria desbaratadas e o país volta a crescer em busca de melhores dias. É chegado o momento de acreditarmos nisso, ainda que com restrições ao atual governo. O que ocorre é que as forças vivas da nação estão deixando para trás uma letargia provocada por muitos fatores ruins, mas estes também estão se reduzindo.
 
Fica para o leitor a conclusão sobre o comportamento daquele comerciante da estrada americana: mesmo sendo seu filho, deu ouvidos totais a um jovem ainda despreparado, recém-saído daquele pedaço de chão em direção à cidade grande, onde de tudo se fala, com destaque para os derrotistas, que na grande maioria das vezes preferem reforçar as tintas mais escuras do pensamento.
 
Ainda há muito o que ser feito para o Brasil considerar-se salvo.
 
Mas, se não começarmos já, ficará mais distante a retomada.
 
Tudo depende de nós. Muito pouco depende dos ingênuos como o filho do comerciante da estória do Alex, que, pensando estar fazendo um bem para o pai, contribuiu de forma decisiva para destruí-lo.
 
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Como se dizia no passado, disco de palmas para a APP de Campinas (SP), pela campanha que está veiculando em emissoras da região, valorizando a propaganda como arma de incremento dos negócios.
 
Essa campanha comemora os 40 anos da entidade em Campinas, tendo sido vencedora em um concurso publicitário criado por estudantes de comunicação, na categoria Novos Talentos 2016.
 
Três vídeos formam o seu conjunto, invadindo também as redes sociais. Neles se fala de Olivetto e Epstein, como símbolos de quem acredita nas suas ideias.
 
A propaganda da propaganda é sempre um esforço a se festejar, em mercados que muito necessitam do marketing e suas principais ferramentas.
 
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Já está circulando a edição deste mês da Revista Propaganda, a mais antiga publicação brasileira em plena atividade, modernizada nesta edição com um novo formato, nova paginação e utilizando novo papel na capa e no miolo, que valorizam sobremaneira o conteúdo editorial.
 
Matéria interna desta edição do PROPMARK dá o devido crédito ao design Marcello Barbusci, autor do projeto, merecendo registro à equipe interna da Propaganda, que nele acreditou e colaborou para que o produto final chegasse ao ponto desejado.
 
Dentre os muitos diretores e profissionais que dentro da Referência participaram do trabalho, destaque para o diretor gráfico Tiago Ferrentini, o diretor de redação Pedro Yves e sua editora-assistente Suzi Cavalari, o editor de fotografia Alê Oliveira e o diretor de arte Anilton Rodrigues Marques.
 
Um destaque especial para a equipe do comercial da revista, a diretora Mel Floriano e a gerente Monserrat Miró, pelo esforço em prol de bem-sucedida venda de espaço da edição.
 
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A Editora Primeira Pessoa lançou o livro Mauricio – A história que não está no gibi, contando toda a carreira profissional de Mauricio de Sousa, que praticamente tem o tempo da sua vida.
 
O texto final da obra é de Luis Colombini e a divulgação está sendo feita por Efraim Kapulski.
 
Como hoje não teremos Frases logo abaixo do editorial, vão aqui duas do criativo Mauricio de Sousa: “Eu nunca desisti dos meus sonhos” e, no livro, “Tudo que está na minha biografia é verdade, aconteceu mesmo, ou eu acho que aconteceu”.
 
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O Editorial desta edição é uma homenagem a Hugo Rodrigues, presidente da Publicis Brasil, que, ao assumir a direção dessa importante agência em nosso país, valorizou de forma acentuada o profissional de criação brasileiro.