Como se sente como cidadão?
Desamparado. Poderia desdobrar muito esta palavra. Mas ela é suficiente.
Como se sente como publicitário?
Esperançoso. Acho que é um novo momento, um novo desafio. Com possibilidades de nos mostrarmos ainda mais relevantes. Estar “up to date” passa a ser uma exigência ainda maior. Devemos assumir uma posição de curadores, de inspiradores de nossos clientes.
O que pretende fazer para contribuir com o Brasil neste momento?
Estamos fazendo um projeto que junta a Ação da Cidadania – cliente que já atendemos há um tempo – com uma comissão de técnicos que está acompanhando a pandemia voluntariamente, para lançar um esforço que amplie a cultura necessária de máscaras, afastamento social e higiene das mãos. Algo apolítico, necessário. Para o cidadão se mobilizar independentemente de sua orientação ideológica. Mudar cultura é um desafio que todas as agências de publicidade do Brasil deveriam trabalhar para ajudar. A publicidade ensinou a usar escovas de dentes. Ensinou a usar absorventes. Ensinou diversos hábitos de higiene. É a hora de ensinarmos a colocar definitivamente os hábitos da máscara e da higiene das mãos. A publicidade tem tudo para ser relevante mais uma vez.