O leitor vai se deparar nesta edição do PROPMARK com matéria produzida pelo nosso editor Leonardo Araujo sobre o Dia do Publicitário, que se comemora em 1º fevereiro no Brasil, por força do Decreto-Lei nº 57.690, de 1966, instituído com o objetivo principal de regulamentar a profissão.

Só que, como sempre ocorre nessas ocasiões, as finalidades do diploma legal se expandem, reforçando a importância do produto final (trabalho) da atividade profissional regulamentada, como agora estamos vendo com a campanha a ser divulgada por um consórcio formado pelos principais meios de comunicação do nosso país.

Com isso, a junção das forças do capital e do trabalho colaborará para o esclarecimento público (numa primeira etapa) sobre o plano de vacinação contra o Covid-19 e, ao mesmo tempo, a necessidade de todos se vacinarem, justificando assim o esforço dos governos na aquisição das diversas vacinas contra a pandemia.

E é exatamente aqui que entra o trabalho criativo dos nossos publicitários, demonstrando, em diversas campanhas que serão veiculadas a partir de agora, que a vacina é o único remédio de que dispomos para combater a Covid-19 e acabar de vez com essa doença nefasta que já levou em todo o planeta milhares de seres humanos à morte.

Como sempre há preconceito em parcelas da população quando surge um remédio novo para combater uma grave enfermidade como a Covid-19, as campanhas publicitárias que começarão a ser veiculadas em nosso país alertarão a população para a necessidade premente de cada cidadão ser vacinado a seu tempo, seguindo as faixas etárias que já começam a ser divulgadas, evitando assim que ninguém, absolutamente ninguém, deixe de ser vacinado por falta de informação, ou até mesmo por temor aos efeitos do novo medicamento.

Devemos agradecer, isto sim, aos diversos laboratórios que se adiantaram na criação da vacina, salvando a humanidade do pior. E aos publicitários e suas agências, que com o seu talento e força de veiculação, o que nos obriga desde já a agradecer à mídia brasileira, têm parte significativa na eliminação desse mal do século que é a Covid-19.


Ainda na matéria do jornalista Leonardo Araujo encaixou-se a pergunta que uma boa parte da nossa população não sabe responder com precisão: “O que é ser publicitário?”.

Profissão antiga, que se modernizou com o surgimento de novos meios de comunicação, o principal deles em meados (em grande escala) do século passado, que produziu o milagre da imagem em movimento em tempo real, o que muito colaborou para levar e/ou acelerar o processo de educação dos povos através do conhecimento do existente, provocando inclusive o surgimento de uma safra de talentos humanos em todo o planeta, fazendo com que um aparelho de TV não fosse apenas entretenimento, mas também e principalmente educação e cultura junto às populações.

Nessa equação, surge o produto final criado pelos publicitários para utilização nas diversas formas de mídia então existentes e provocando o surgimento obrigatório de outras, a se anteporem pela necessidade concorrencial, ou até a serem produtos complementares da magia da TV. Para que isso ocorresse, valorizando as novas mídias que a partir dali foram surgindo, havia a necessidade do talento humano conduzindo o processo e evitando a estagnação. Uma primeira safra de publicitários surgiu dominando o novo veículo de comunicação e, ao mesmo tempo, valorizando as mensagens dos seus clientes-anunciantes.
Durante cinco décadas a TV foi soberana na conquista do público, mas como o destino do ser humano é não ficar estagnado, a partir da TV surgiram as mídias digitais, que hoje curiosamente disputam com aquela e já levando vantagem, a primazia na liderança desse avanço dos meios.

A matéria produzida por Leonardo Araujo, ressaltando-se na indagação de que o que é ser publicitário, em um primeiro momento pode produzir resposta comum e fácil. Mas, com o avanço dos meios, para quem realmente é publicitário, pode comportar muitas respostas e aí reside a beleza e a grande transformação verificada no setor nos últimos anos.

A magia produzida pela internet fez com que muitos jovens, sem carteira profissional assinada e sem nenhuma ligação com o mercado publicitário oficialmente falando, também pudessem ser no seu dia a dia uma espécie de publicitário não oficializado, mas com grande capacidade de comunicação com os diversos públicos que escolhe para lançar suas mensagens, sem saber sequer que o dia 1º de fevereiro também poderia ser o seu dia.


Tudo, absolutamente tudo que é matéria editorial nas edições do PROPMARK, tem seu valor e leitores específicos para determinados fatos e assuntos que contemplam cada edição deste semanário, que em maio completará 56 anos de circulação semanal ininterrupta.

Há inclusive fatos que são noticiados primeiro pela chamada grande mídia e depois pela mídia do meio, como o anúncio da saída de Fausto Silva, o Faustão, com prolongada carreira na Globo, que deve terminar no fim deste ano, sem renovação (até aqui) para 2022.

Seja lá como for, é inegável que Faustão, embora não tenha criado a figura do apresentador de auditório, criou desde os tempos do Perdidos na Noite, em outra TV, uma forma carismática de trabalhar diante das câmeras, sendo um dos primeiros artistas e muito provavelmente o mais forte deles a quebrar as amarras formais desse tipo de profissional diante do seu público.

Lógico que não podemos abdicar da lembrança de um Chacrinha, por exemplo, e da cultura e versatilidade de um Chico Anysio e seus múltiplos personagens, mas Faustão, saindo do rádio esportivo e imediatamente passando para a TV, abraçou-a com invulgar naturalidade, dominando as câmeras como sendo suas súditas. E, o mais importante, sempre fazendo seu numeroso público rir e ao mesmo tempo alguns se valorizarem, na mágica que a TV ainda possui.

Para onde vai Faustão a partir de 2022?


Imperdível – como de resto todo o produto editorial de nossa responsabilidade que publicamos semanalmente no impresso do PROPMARK e diariamente no online do mesmo – o trabalho da Redação sobre os desafios da nova geração dos CEOs de agências, com menos de 40 anos de idade, casos de Filipe Bartholomeu (AlmapBBDO) e Marcia Esteves (Lew’Lara/TBWA), além de muitos outros que se adiantaram na carreira em busca de não apenas conviver com as lideranças, mas fazer parte delas. Percebe-se que estão surgindo no mercado publicitário novas lideranças com até menos idade do que Filipe e Marcia. O que leva a isso não é apenas o talento, o grau de conhecimento de cada pretendente a liderar um dos mais difíceis ramos de trabalho, mas o preparo que se autoimpõe para galgar os vários degraus de subida à sua frente até chegar no topo.

Com que palavra podemos denominar isso? Deixemos para os nossos leitores encontrá-la.