O presidente da Diageo Brasil, Uruguai e Paraguai, Newton Freire, falou durante o quinto painel “Indústrias investem no marketing social e enaltecem consumidor consciente”. A companhia é líder global na produção e distribuição de bebidas alcoolicas e seu maior engajamento é mostrar ao consumidor a importância do consumo consciente.
“Temos um código de marketing rigoroso. Não comunicamos consumo, mas sim conceito. Isso norteia todas as ações de marketing e comunicação da Diageo com o objetivo de promover o consumo responsável. Desenvolvemos projetos como DrinkIQ, Learning for Life e Diageo Carona, além da campanha de Johnnie Walker #HojeNãoDirijo.
A marca de whiskey é uma das mais consumidas no mundo e foi escolhida para encabeçar a campanha que oferece caronas gratuitas em parceria com a 99 aos sábados e domingos, nos horários de maior consumo de bebidas.
“O conceito de Johnnie Walker, ‘Keep walking’ significa progresso pessoal e entendemos o consumo responsável como parte disso. Desde 2013, temos trabalhado as recompensas para quem tem consciência sobre a relação entre a bebida e a direção e essa mudança de hábito já gerou modificações. Segundo uma pesquisa do Ibope, antes da nossa campanha 70% usava táxi quando ia beber. Esse número saltou para 87% depois da ação”, explica Freire.
Também fez parte do painel Daniela Cachich, VP de marketing da Heineken, que falou sobre o consumo consciente e enfatizou: preferimos vender uma Heineken para 9 pessoas do que nove Heineken para uma pessoa. “Faz quatro anos que levantamos esse tema com os consumidores e decidimos fazer isso porque beber com moderação pode ser cool também”.
Uma das marcas mais citadas durante o fórum, a Uber participou do painel com Guilherme Telles, diretor geral, que destacou o modelo de negócio do aplicativo de caronas. “O carro ainda é o vilão da mobilidade. Queremos transformar isso em solução com o uso da tecnologia. A ideia da Uber veio da ideia de que o carro é mal utilizado e podemos mudar a vida nas cidades. Quando se fala de Uber, isso é geração de renda, mobilidade, empoderamento”, analisa.
“Fizemos uma pesquisa com as pessoas que ainda não usaram o serviço da Uber e descobrimos que 70% não usou porque não precisou. Então olhamos para quem mais anda de Uber e perguntamos quando andam: para sair à noite, para ir para casa, ao trabalho, ao shopping. As pessoas que não precisaram, não colocaram no papel. Essa é a mudança de cultura que estamos tentando trazer. Se uma pessoa tem um carro e anda menos de 27 km por mês, é mais barato vender o carro e andar de Uber X. Consumo responsável tem que ser sustentável e fazer sentido a longo prazo”, conclui Telles.