Outras inovações só são permitidas por conta da tecnologia embarcada do DOOH, que promove interação com a audiência sem ser invasivo

O digital foi um grande parceiro para o desenvolvimento do OOH. Sem ele nada ou quase nada seria como hoje. Aliás, após o Cidade Limpa, a mídia exterior nunca mais foi a mesma. Segundo Leonardo Chebly, CEO da NEOOH, alguns pontos são fundamentais para explicar o desempenho positivo do setor. Primeiro foi a saída do lockdown provocado pela pandemia e o fim das restrições. “Não foi por acaso que neste início de ano lançamos o novo posicionamento da NEOOH: ‘A vida acontece out-of-home’”, comenta ele.

Depois, veio a inovação tecnológica, focada em equipamentos de digital out-of-home (DOOH), conexão dos inventários digitais com a mídia programática e com o mobile, além da criação de formas inéditas e envolventes de interagir com o público ávido por novidades. “A possibilidade de utilização do OOH para ações geolocalizadas também é um grande diferencial da nossa mídia, que possibilita o domínio de diferentes territórios pelos anunciantes”, acrescenta ele.

Para Chebly, a adoção cada vez maior da mídia DOOH pelas empresas do setor foi um movimento fundamental para se tornar a base das inovações mais significativas no segmento. “Com elas, transformamos as telas em verdadeiros canais de comunicação e interação com a audiência, uma vez que permitem a personalização e a atualização do conteúdo em tempo real. Com o DOOH, temos a possibilidade de explorar grandes formatos digitais, gerar interatividade da audiência com as telas por meio de seus smartphones, veicular vinhetas em
3D que passam a impressão de produtos extrapolando os limites das telas e, tudo isso, em tempo real e conectado com as plataformas de compra de mídia programática”, afirma.

Além disso, segundo o executivo, a integração de dados de localização e análise comportamental têm permitido aos anunciantes direcionar suas mensagens com maior precisão para públicos específicos. “Outro tipo de inovação que está ganhando muito espaço e é extremamente importante é, justamente, a possibilidade de realizar projetos sustentáveis com base no OOH.

Peça da bebot: campanha bem planejada deve considerar contexto, porque as jornadas estão mais complexas (Divulgação)

A NEOOH foi a primeira empresa do mundo a zerar 100% da pegada de carbono de todos os nossos circuitos digitais e, neste ano, estamos avançando ainda mais com uma linha de projetos denominados ‘+ sustentáveis’, que em breve estarão se materializando em muitos dos nossos ativos”.

Aumento
Felipe Davis, CEO da OOH Brasil, vê o desempenho crescendo e se consolidando, sobretudo, pela entrega de resultados que o OOH proporciona ao anunciante. “Estamos falando de uma mídia que consegue aliar alta visibilidade com segmentação de público de forma concreta e, cada vez mais, claramente mensurável”, diz ele, acrescentando: “Houve segmentos que aumentaram substancialmente seus investimentos em OOH nos últimos três anos, como é o caso de apps de delivery, em 649%; fintechs, em 355%; e-commerce, em 165%; e streaming, em 47%”. Com isso, segundo Davis, o setor conseguiu unir as melhores características de tantas outras mídias em uma só. “Além disso, nossos produtos digitais de programática e mobile garantem assertividade e retorno aos anunciantes”.

O uso da tecnologia no OOH vem trazendo uma série de inovações importantes que ajudaram o meio a se desenvolver e evoluir – mesmo que muitas delas não apareçam ao público, na opinião de Davis. “Depois da digitalização da maioria dos ativos, as oportunidades de interatividade com as telas, a segmentação, a integração com o mobile e as soluções que permitem sabermos desde quantas pessoas foram impactadas a quais os níveis de atenção em telas – unindo sensores, geolocalização e outras ferramentas – criaram novas oportunidades para os anunciantes, aumentaram a eficácia das campanhas e, acima de tudo, tornaram possível que tudo isso fosse mensurado e comprovado de forma pragmática e não mais na suposição, como antigamente.”

Para o executivo, o OOH tem a responsabilidade de ser mais que um veículo de comunicação. “Na OOH Brasil, prezamos por parcerias que levem conteúdo de diferentes temas para o dia a dia das pessoas. Um exemplo disso é a nossa parceria com a maior galeria de arte digital do Brasil, Urban Arts, com a qual, há mais de um ano, levamos arte a céu aberto para as ruas.”

Ele revela ainda que a sua empresa acompanha as inovações digitais e tendências do mercado nacional e global, trazendo um posicionamento importante e estratégico, como uma empresa inovadora com DNA digital, produtiva e funcional. “Nossa vertical de produtos digitais oferece diversas oportunidades para compra de mídia programática em nossas telas, conectadas com as principais DSPs e SSPs do mercado – 100% dos nossos ativos digitais já estão disponíveis para isso. É um passo fundamental na evolução em soluções. Além disso, estamos alinhados aos pilares ESG. Há mais de 3 anos, garantimos 100% das nossas telas digitais em Belo Horizonte alimentadas com energia limpa.”

Já Violeta Noya, CEO da bebot, lembra que o mundo é outro pós-pandemia. Conforme ela, os dados de mobilidade indicam que em muitas cidades o home office impactou o adensamento, o que sugere a necessidade de um reordenamento na distribuição das campanhas.

“As pessoas, conforme nossa data intelligence sugere, estão passando mais tempo nas cidades limítrofes, interior e litoral. Os dados em grandes cidades indicam que, em alguns casos, o fluxo ainda é 10% menor durante a semana em determinadas regiões, enquanto temos um volume consideravelmente maior de microdeslocamentos agora”, conta. Para ela, a lógica de campanhas geolocalizadas, por exemplo, tem de acompanhar esse movimento, ou seja, uma campanha bem planejada deve considerar um contexto em que as jornadas estão mais complexas e menos lineares. “Para isso, precisamos de métricas qualificadas para ir além nas campanhas”, declara.