Comprar pela internet é algo cada vez mais presente no dia a dia do brasileiro e 93% dos que estão conectados já realizaram alguma compra. A pesquisa Consumidor Digital 2017, realizada pela Conversion, explora as principais características e os hábitos de consumo do brasileiro na internet.
Entre os que já compraram online nos últimos seis meses, 52% o fizeram quatro vezes ou mais e 27% ultrapassaram as sete vezes nesse período. Esses insights buscam orientar o planejamento das ações de marketing e embasar as decisões de negócios ao longo dos meses, auxiliando gestores de e-commerce a criar ações eficazes e com rápido impacto nas vendas.
As mulheres são maioria entre os consumidores digitais (52%), quanto os homens representam 48%. A região Sudeste concentra a maioria das compras online (51%), seguida pelo Sul (14,6%), Nordeste (21,4%) e Centro-Oeste (6,5%) e Norte (6,3%). A faixa etária de 25 a 34 anos concentra 34,2% dos consumidores e, de 35 a 49 anos, são 33,4% dos consumidores.
E o que os consumidores fazem antes de comprar? 78% gostam de pesquisar no Google; 56% nos sites de lojas; 41% no Reclame Aqui; 41% com amigos e familiares; 37% nas redes sociais; 21% blogs especializados; e 7% jornais e revistas.
A confiabilidade ainda aparece como decisiva para escolher o canal de compras. Para 86%, as lojas virtuais mais conhecidas são as escolhidas. O preço baixo aparece para 40% e lojas especializadas para 34%. O Reclame Aqui e o Google, inclusive, são as principais fontes para medir a reputação de um e-commerce para 72% e 69%, respectivamente.
As classes C, D e E concentram 73% dos consumidores. Além disso, entre a classe D (29,6%), 17% gastam mais de R$ 601 por compra e 30% investem R$ 451 por compra. Na classe E (8,2%), esse valor cai para R$ 150 em 38% dos casos. A classe C (34,9%) concentra a maior parte dos consumidores. A classe A, por exemplo, possui apenas 2,6%.
As redes sociais também foram avaliadas pelo estudo. O Facebook aparece com 97% de acesso pelos consumidores, seguida pelo Instagram (70%), Twitter (52%), LinkedIn (48%), Pinterest (42%) e Snapchat (36%). O Facebook, inclusive, é consultado diariamente por 71% dos entrevistados e as mulheres acessam a rede 14% mais que os homens. Outro dado indica que o Instagram tem alta adesão de jovens entre 18 e 24 anos e pós-graduados. Apenas 10,47% dos entrevistados acessam o Snapchat diariamente. No entanto, esse número é 59% maior entre os consumidores da classe A e 93% maior na Geração Z (até 25 anos).
“O ano de 2017 teve um início positivo para o e-commerce brasileiro, e as perspectivas são bastante otimistas, já que as principais instituições do setor defendem uma forte retomada do crescimento”, diz Diego Ivo, CEO da Conversion. “Ao mesmo tempo, os fornecedores têm se empenhado em oferecer um serviço com maior qualidade, o que tem gerado um número expressivo de brasileiros mais confiantes e experientes com as compras online”, completa.
De acordo com o estudo, 28% dos consumidores fazem mais de uma compra por mês na internet, em média. O Brasil tem crescido em termos de frequência, mostrando uma prática recorrente. Inclusive, a Classe A é a que compra mais vezes e fizeram, no mínimo, sete compras online nos últimos seis meses. No geral, 42% realizaram de uma a três aquisições online no período.
O cartão de crédito parcelado é a preferência para 63% dos brasileiros. No entanto, o boleto bancário não fica atrás e aparece como a escolha de 57%.
O valor médio das compras na internet estão entre R$ 150 e R$ 300 para 34%. Até R$ 150 concentra 24% das compras, seguido por 16% acima de R$ 601; 14% entre R$ 301 e R$ 450; 12% entre R$ 451 e R$ 600.
A pesquisa também investigou quais dispositivos são usados para o e-commerce. Regularmente, 28% das pessoas compram por celular ou tablet. Entretanto, 26,40% nunca realizaram as compras em dispositivos móveis. Os jovens adultos (25 a 34 anos) compram 45% mais por esses dispositivos do que aqueles acima dos 49 anos de idade.
Quais produtos são mais consumidos pelos brasileiros? A pesquisa revela que, entre os homens, os eletrônicos lideram com 68,98%, seguidos por telefonia e celulares (67,77%) e produtos de informática (67,47%). Entre as mulheres, por sua vez, são os produtos de moda e acessórios (64,11%), seguidos de telefonia e celulares (61,92%) e cosméticos, perfumaria e bem-estar (57,81%).
Em um ranking de categoria de produtos divulgado pelo estudo, Telefonia e Celulares lidera com 65%. Os seguintes são: Eletrônicos (59%); Eletrodomésticos (58%); Informática (55%); Moda e Acessórios (53%); Livros e Revistas (46%); Cosméticos, Perfumaria e Bem-estar (46%); Brinquedos e Games (37%); Viagens (35%); Casa & Decoração (28%); e Esporte e Laser (24%).