Fechamento da Ford. Fusão da italiana Fiat Chrysler (FCA) com a francesa Peugeot Citroën (PSA), reposicionamento da GM. No momento em que a indústria automobilística se movimenta para adaptar a sua linha de montagem aos carros elétricos, o exemplo vem de um peso pesado da indústria.
A fabricante norte-americana de máquinas e veículos para construção civil Caterpillar, presente no Brasil há 65 anos e hoje com quatro fábricas instaladas em território nacional, mostrou na manhã desta quarta-feira (13), terceiro dia da CES 2021, realizada em formato online entre os dias 11 e 14 de janeiro, o que, segundo a companhia, é a primeira frota de máquinas autônomas do mundo.
Caminhões e tratores vêm trabalhando em obras de mineração globalmente sem um operador a bordo das cabines dos veículos. Os resultados? Segurança humana, eficiência, precisão, produtividade e mais lucratividade das operações.
Mas o controle é humano. O monitoramento é feito a distância pelos operadores e técnicos que, ao invés de passarem horas presos nas cabines, ficam confortavelmente acomodados em um hub de controle que mais parece uma sala de games.
As máquinas são capazes de reconhecer o terreno e são preparadas para executar precisamente as tarefas programadas pelos engenheiros. Ao menor sinal de presença humana, os veículos param a uma distância segura o suficiente para evitar acidentes.
“Toda tecnologia causa um grande impacto no nosso negócio, mas uma das mais expressivas foi a frota autônoma”, comenta Bill Dears, responsável por vendas globais, marketing e supply chain da Caterpillar. “Fazemos mais do que máquinas. Inovamos, desenvolvemos, construímos e entregamos tecnologias transformadoras”, acrescenta o executivo, que lidera os esforços da empresa na área de automação e frota autônoma.
Enquanto os carros autônomos contam apenas com protótipos, os caminhões autônomos da Caterpillar já são uma realidade. Apesar de se movimentarem em um ambiente mais controlável na comparação com as mais adversas situações que podem ocorrer no trânsito caótico das cidades, a solução pavimenta um caminho digno de estudo.
É só imaginar, por exemplo, a utilização de similares para o resgate de vítimas em áreas remotas, o que pouparia a vida de bombeiros e profissionais que arriscam as suas próprias vidas para encontrar sobreviventes.
Os próprios trabalhadores da Caterpillar testemunham os benefícios da mudança, destacando a prevenção de acidentes e colisões, a elevada produtividade das máquinas, que podem trabalhar ininterruptamente, além de uma melhoria na integração das equipes.
Sob o conceito “We´re minning better”, a Caterpillar deixa uma inspiração não só para o mercado automotivo, mas também para a indústria da comunicação. Com as marcas de carros entre os principais anunciantes da mídia brasileira, também agências, marcas e os veículos precisão acompanhar as transformações para refletirem o futuro da mobilidade.
Passeio futurístico
Uma das características marcantes da CES é apresentar invenções que preconizam um futuro cercado por tecnologias que beiram à ficção. Mesmo em versão online, o evento deste ano segue mostrando as possibilidades imaginadas pela indústria dos mais diversos segmentos.
Tem a banheira inteligente da fabricante de louças e metais para cozinhas e banheiros Kohler, que pode ser controlada por assistentes virtuais; a campainha anti-Covid da Alarm.com, que dispensa o toque manual; e a escova de dentes inteligente Sonicare 9900 Prestige da Philips, equipada com sensores baseados em inteligência artificial que ajustam a pressão exercida durante a escovação.
Há ainda o smartphone “LG Rollable”, com tela esticável; o relógio que mede os índices de glicose, fabricada pela japonesa Quantum Operation; os óculos “Tunable Glasses”, de grau ajustável da Voy; e a porta automática myQ Pet Portal para animais domésticos, criada pela Chamberlain, que vem com câmeras e uma coleira conectada ao Bluetooth.