Divulgação

A representatividade na propaganda tem sido um dos temas mais discutidos e desafiadores no mercado e não era para menos. Sobretudo em um país diverso como o Brasil, retratar cores, tamanhos, idades e orientações sexuais traz identificação, inclusão e verdade às campanhas.
Mas, apesar da constatação óbvia quanto à necessidade da nossa comunicação ser mais plural, a publicidade brasileira ainda precisa evoluir no quesito. Nesse sentido, projetos como o Mulheres (In)visíveis, que chega a sua segunda edição, tem proposta de contribuir para que mulheres ainda ignoradas pela publicidade tenham devido espaço.

O banco de imagens da Adobe foi produzido em parceria com a consultoria especializada em comunicação para mulheres 65/10. As 97 imagens foram feitas pela fotógrafa Helen Salomão e já estão disponíveis para comercialização na Coleção Premium do Adobe Stock. “As fotografias buscaram retratar mulheres brasileiras reais, negras, gordas, lésbicas e trans em imagens livres de estereótipos. Refletir diferentes pessoas não é apenas correto e desejável, a diversidade também é bom negócio para as marcas”, ressalta Gabriela Viana, diretora de marketing da Adobe para a América Latina.

Negócios
Segundo a executiva, o projeto gera não apenas consciência e propõe um diálogo sobre padrões de beleza, mas tem um aspecto prático de dar acesso às marcas e aos criadores a diferentes “personas”, maneiras de ser e múltiplas belezas que podem ser usadas nas suas peças e na sua comunicação. “A publicidade obviamente tem um papel muito importante em dar visibilidade e ajudar a “definir” o que é bonito, aceito ou desejável. Afinal, a publicidade trabalha exatamente no espectro do desejo. É fundamental que a publicidade, e não somente ela, tenha consciência da importância de dar visibilidade e de sugerir outras formas ‘ideais’ e diversas maneiras de ser e se colocar no mundo”, defende Gabriela.

Na primeira edição do Mulheres (In)visíveis, as fotos deram protagonismo a modelos negras, gordas, lésbicas, trans e não binárias. Agora, o projeto faz adições importantes, trazendo também mulheres acima dos 45 anos, com deficiência e também ampliando o acervo de fotos de mulheres lésbicas. A renda obtida com as vendas das imagens da primeira edição permitiram que o projeto fosse ampliado. “É um orgulho imenso participar ativamente de uma iniciativa transformadora, que busca quebrar paradigmas”, finaliza a executiva.