Thiago Romariz, ex-Omelete e atual head de conteúdo & PR da fintech EBANX, acaba de lançar o Chippu, aplicativo criado para dar dicas e sugestões de séries e filmes em plataformas de streaming.

Disponível para iOS e Android, o produto conta com um catálogo de mais de 10 mil produções espalhadas por serviços como Netflix, Prime Video da Amazon, Google Play e iTunes. Além de Romariz, iniciativa é liderada por Vitor Porto Brixi, além dos engenheiros Luigi Pedroni e Thamer Hatem, proprietários da empresa de tecnologia Happe.

As dicas no Chippu vêm de duas formas: diárias e instantâneas. Os curadores do aplicativo sugerem filmes e séries baseadas no perfil dos usuários, uma por dia, e mostram onde achar o produto e por que assisti-lo. Mas caso o desejo seja escolher um filme a qualquer momento, basta tocar no botão “Quero uma dica” que o Chippu indica o programa ideal para aquele momento.

“A ideia aqui é unir as preferências do usuário com o que há de melhor nos streamings, sem que ele precise ficar horas procurando um filme. Em tempos de excesso de informações e conteúdo, acreditamos que a curadoria resolve problemas e economiza tempo das pessoas”, diz Romariz.

Para Pedroni, a tecnologia por trás do Chippu é feita para sustentar a curadoria e não manter o usuário dentro de uma bolha. “Usamos um algoritmo que é focado em trazer as produções mais adequadas para cada pessoa com agilidade, mas sem perder a humanidade que uma indicação precisa. A ideia aqui é evoluir todos os dias para que a interação fique ainda mais natural e menos mecanizada”, diz.

“Não queremos incluir as pessoas em mais uma bolha, pois aqui usamos a tecnologia para ajudar no acesso, na velocidade do serviço e para otimizar o trabalho da nossa equipe de curadoria”, adiciona Hatem, que promete novidades semanais no app. “Teremos novas funções e produtos com muita regularidade, pois estaremos escutando nosso consumidor a todo momento e já temos planos para os próximos meses”, completa.

O Chippu foi desenvolvido durante a pandemia, mas nasceu de uma ideia antiga de Romariz: unir dados, tecnologia e conteúdo. “Essa ideia estava comigo há um tempo, mas nunca víamos um momento ideal, nem uma interface que fizesse sentido. Hoje, com um mercado de streaming aquecido e a necessidade de curadoria cada vez mais latente, acreditamos que chegou a hora do Chippu”, afirma Romariz, lembrando que o desenvolvimento foi feito de forma remota. “Parte da equipe está em Curitiba, parte em Brasília. Tudo foi discutido, criado e desenvolvido por reuniões virtuais. Somos, de fato, um produto criado dentro do novo normal”, diz Pedroni.

A pandemia fez o consumo de streaming crescer vertiginosamente no mundo inteiro. Segundo pesquisa realizada pela plataforma Conviva, a audiência destes serviços cresceu 20% no início deste ano e se comparada ao mesmo período do ano anterior o crescimento beira os 80%.

Para Romariz, essa expansão é um reflexo direto da quarentena, mas também um fato que irá permanecer no comportamento coletivo de toda uma geração, pois era padrão antes da COVID-19. “A indústria de streaming está se descobrindo em muitos sentidos, e a pandemia acelerou algumas tendências e o processo de digitalização de algumas marcas. No Brasil, se hoje temos Netflix, Amazon, Fox e Globo investindo em plataformas assim, ano que vem teremos Disney, HBO e outras. Nós do Chippu acreditamos que estamos no começo de uma era que será pautada pela união de dados e conteúdo em larga escala, e a curadoria é um serviço importante para todos os usuários”, opina.

A ideia é monetizar a novidade com publicidade. “Vamos abrir para estúdios, TVs e serviços de streming”, afirma Romariz.

“A grande diferença aqui é que a gente tem uma base de usuários que sabemos exatamente o gosto dela. Se você quer anunciar um documentário ou um filme de romance específico, teremos exatamente as pessoas pra isso”, afirma. “E já estamos em negociação com alguns clientes e investidores”, revela.

Atualmente, o Chippu está em versão beta e disponível para smartphones com sistema operacional iOS ou Android.