Artes desenvolvidas por pessoas com e sem deficiência intelectual são utilizadas em produtos licenciados de marcas como Riachuelo, Jandaia, Lupo, Go Case e outras
A Disney Brasil anunciou a estreia do projeto Disney Extraimaginário, iniciativa que promove a visibilidade de talentos diversos ao transformar suas criações em produtos licenciados.
Em sua primeira edição, realizada em parceria com o Estúdio Que, o projeto reuniu dez artistas — com e sem deficiência intelectual e neurodivergentes — para reinterpretar os personagens de Mickey & Amigos a partir de suas vivências e estilos únicos.
O processo criativo pode ser conferido no vídeo abaixo:
Disney Extraimaginário – Parceria Estudio Que
Durante três meses de imersão criativa, dez artistas desenvolveram artes inéditas a partir de interpretações próprias dos personagens da franquia Mickey & Amigos. As técnicas usadas variaram entre colagens, pinturas, giz de cera, aquarela, spray e até ferro de passar roupa, originando seis narrativas visuais — ‘Imaginação’, ‘Possibilidades’, ‘Encontros’, ‘Magia’, ‘Originalidade’ e ‘Transformação’.
“É a primeira edição de um projeto que nasce no Brasil. A Disney é uma empresa global, mas que possui laços muito fortes com o Brasil. E esse projeto nasce como uma primeira edição dentro da América Latina. Hoje, estamos falando com artistas neurodivergentes, com e sem deficiência intelectual, mas, em uma segunda edição, podemos dialogar com outros artistas que enfrentam outras dificuldades”, explica Mara Ronchi, diretora de produtos de consumo da Disney Brasil.
As criações geraram coleções licenciadas que já chegaram ao mercado. A Riachuelo, por exemplo, lançou mais de 100 produtos — de vestuário a itens de decoração da linha Disney Home. Já a Jandaia apresentou uma série com 21 cadernos personalizados para o ‘Volta às Aulas 2025’. Outros licenciados como LUPO, Trifil, Animê/Youccie e Go Case também terão coleções próprias.
Rodrigo Delorenzo, gerente sênior de design de produto da The Walt Disney Company, detalha o processo criativo com a equipe de artistas: “O processo se inicia por meio de workshops colaborativos. Isso nos permite entender e vivenciar o processo, mesmo antes de termos um briefing muito definido. A partir desse briefing, surgem alguns caminhos, e tudo isso se transforma em um guia de estilo. Como é um processo de desconstrução estética, nos preocupamos em manter a essência dos personagens, mesmo em versões mais abstratas. Para isso, usamos editoriais que ajudam o público a reconhecer o DNA de cada um”.
Como parte do Disney Future Storytellers, o projeto contará também com a capacitação de 30 pessoas neurodivergentes e com deficiência intelectual por meio de oficinas artísticas. O objetivo é estimular a criatividade, a habilidade motora e o desenvolvimento cognitivo. A ação será realizada em parceria com o Instituto Serendipidade e o Instituto Movimentarte.
A sócia e diretora do Estúdio Que, Luiza Laloni, destaca o impacto do convite da Disney para a trajetória da equipe: “Receber o convite da Disney mudou tudo para nós. Temos uma equipe da qual 60% é composta por pessoas com deficiência intelectual e neurodivergentes. São pessoas que sempre estiveram à margem de um mercado. E quando recebemos o convite para criar para uma marca como o Disney — que representa justamente o oposto da margem, que simboliza o centro, a emoção, a conexão, o coração, a memória — muda toda a nossa relação com o trabalho, com a importância de tudo aquilo que a gente faz”.
Ela completa: “De alguma forma isso foi um vencer. A gente está falando aqui de uma empresa que apostou totalmente, confiou no nosso trabalho, confiou no trabalho de seis pessoas com deficiência intelectual e neurodivergências para estamparem — não uma camiseta — mas uma coleção com mais de 100 SKUs na Riachuelo, mais de 20 SKUs na Jandaia, entre muitas outras marcas que estão criando".
O projeto será sinalizado nos principais pontos de venda e terá conteúdos exclusivos divulgados nas redes sociais da Disney.
(Crédito: Reprodução / Site oficial Disney BR)
