Alexander Sugai: é preciso ser mais agressivo na prospecçãoPosicionada como a maior empresa independente de design e branding do mundo, a Dragon Rouge completa em março um ano no Brasil. Alexander Sugai, CEO da Dragon Rouge no país, diz que o ano foi bom, mas ressalta que há muito trabalho pela frente para tornar a marca conhecida como ela é lá fora. “Fora do Brasil, a Dragon Rouge é muito conhecida, ela tem 10 escritórios, sendo Paris a sede e o maior de todos. A marca é famosa na Europa e nos Estados Unidos. Por isso, muito mais do que bater metas financeiras, o objetivo é construir a marca Dragon Rouge no país”, reforça Sugai.

De acordo com o executivo, o ano deve ser bom, embora o escritório não deva se beneficiar dos dois grandes eventos do ano no país, a Copa do Mundo e as Eleições. “Não acho que vai ser um ano ruim, mas para nós Copa do Mundo e Eleições não vão ajudar. Fizemos algumas embalagens mais voltadas para o tema da brasilidade, mas seriam projetos lançados mesmo sem a Copa”, conta ele.

Aqui no Brasil, a Dragon trabalha com marcas como BRF, Gol Linhas Aéreas, Grupo Ultra e Banco Votorantim. Mundialmente, atende grandes clientes como Mondelez, Unilever e Nestlé. “Mas são empresas que têm seus fornecedores de design, é muito diferente de publicidade, cujas contas são mais alinhadas globalmente”, explica Sugai. “Não é porque somos uma grife internacional que é tão fácil entrar nos clientes, é preciso ser mais agressivo na prospecção e levar algo antecipadamente, como apresentar um panorama do setor onde atua e mostrar o que pode ser feito”, exemplifica.

Um dos diferenciais que Sugai pretende explorar é a expertise da Dragon Rouge em inovação e seus estudos antropológicos, como apontar o futuro de uma categoria e das marcas, mostrando como elas podem ser mais sustentáveis. A sede de Londres criou o “Family of the Future”, uma nova abordagem para a segmentação considerando os grupos de pessoas. Basearam os modelos familiares em seis grupos que estão impactando a forma e natureza da vida familiar. As famílias fornecem uma visão sobre as tomadas de decisão de amanhã, com as quais as marcas terão de interagir. O estudo também traz uma prévia da maneira como vamos viver em 2030 e oferecem às marcas a oportunidade de responder às futuras necessidades e desafios.

O faturamento global declarado pela Dragon Rouge é de 40 milhões de euros. No Brasil, o escritório reporta faturamento de 1,5 milhão de euros. “Está dentro da nossa meta, sendo que este ano devemos crescer 30% e chegar a 2 milhões de euros”, diz Sugai.