O e-commerce brasileiro já soma mais de 39,1 milhões de consumidores e teve faturamento de R$ 41,3 bilhões em 2015. Os dados fazem parte do relatório WebShoppers, realizado pelo E-bit/Buscapé e divulgado nesta quarta-feira (24). A expectativa para esse ano é um pouco maior: R$ 44,6 bilhões em ganhos.

O ticket médio de compras em 2015 teve aumento de 12%, totalizando R$ 388,00. Isso porque, segundo a pesquisa, aumentou a compra nos setores de telefonia e eletrodomésticos e também o preço dos produtos em geral. Além disso, as classes A e B passaram a comprar mais via internet e o frete grátis, muito popular em anos anteriores, se tornaram mais restritos.

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O relatório também destacou a participação das marcas no setor de celulares e telefonias. Em 2014, a Samsung liderava o ticket médio nas duas primeiras posições, seguida pela Motorola. O cenário, no entanto, ficou diferente em 2015. A Motorola assumiu a primeira posição, seguida pela Samsung e pela LG. A Samsung, no entanto, registrou aumento no ticket médio na compra de televisores, assumindo as três primeiras posições do ano passado.

O perfil dos consumidores também foi avaliado na pesquisa, igualmente dividido entre homens e mulheres. A faixa etária predominante é de 35 a 49 anos em 39% dos compradores. Acima dos 50 também é expressiva, com 33%, além de 21% entre 25 e 34 anos e 8% até 24 anos. A idade média registrada é de 43 anos.

São Paulo foi o Estado brasileiro com maior número de vendas (37,7%), seguido por Rio de Janeiro (12,3%), Minas Gerais (12%), Paraná (5,4%) e Rio Grande do Sul (5,3%). A renda familiar dos compradores também foi analisada, em que 39% tem menos de R$ 3 mil; 22% entre R$ 3.001 e R$ 5.000. A renda média geral é de R$ 4.761.

As categorias mais vendidas em faturamento foram ‘Eletrodomésticos’, ‘Telefonia e Celulares’, ‘Eletroeletrônico’, ‘Informática’ e ‘Casa e Decoração’. ‘Moda e Acessórios’ continuou como líder em volume de pedidos do comércio eletrônico, porém apresentou 19% de queda, se comprada a 2014. Ela é seguida por ‘Eletrodomésticos’ (13%), Telefonia/Celulares’ (11%) e ‘Cosméticos e Perfumaria/Cuidados Pessoais’ (10%).

As formas de pagamento variam, mas predominam o parcelamento em três vezes (63,5%), seguido por à vista (39,3%) e em dez vezes (14,6%). Os meios de pagamento mais utilizados são cartão de crédito (73,5%) e boleto bancário (19,6%). Cerca de 88% das compras são feitas com desktop e 12% via mobile.  

Omnichannel

Tendência mundial, o E-bit/Buscapé também pesquisou sobre o omnichannel, que é a convergência de todos os canais utilizados pelas empresas para integrar vendas entre lojas físicas e virtuais. Dos usuários, 30% compra online e retira na loja, no modelo pick up store.  As categorias preferidas são ‘Viagens e Turismo’, ‘Eletrônicos’, ‘Eletrodomésticos’, ‘Telefonia e Celulares’ e ‘Livros’.

As categorias que os consumidores mais utilizaram o canal online, nos últimos seis meses, para realizar suas compras, foram: “Viagens e Turismo” (72%), “Eletrônicos” (66%), “Assinatura de Revistas” (63%), “Eletrodomésticos” e “Telefonia/Celulares” (ambas com 61%), “Informática” (56%), “Fotografia” (53%), “Livros” (51%), “Colecionáveis” e “Sexshop” (ambas com 50%).

Já as categorias menos exploradas pelo comércio eletrônico, aquelas que os consumidores ainda preferem comprar no canal offline, são “Petshop” (73%), “Alimentos e Bebidas” e “Joalheria” (ambas com 71%), “Construção e Ferramentas” (68%), “Papelaria e Escritório” (65%), “Artes e Antiguidades” e “Artigos Religiosos” (ambas com 61%), “Acessórios Automotivos” (60%), “Flores, Cestas e Presentes” (55%) e “Saúde” (54%).

A pesquisa também elencou categorias em que existem grande participação de compras feitas via e-commerce e no varejo tradicional. Entre aquelas com maior sobreposição entre os canais on e off, estão “Ingressos”, “Brinquedos e Games”, “Esporte e Lazer”, “Casa e Decoração”,  CDs e DVDs”, “Cosméticos, Perfumaria e Cuidados Pessoais”, “Moda e  cessórios”, “Instrumentos Musicais” e “Bebês e Cia”.

Os motivos que as levam a aderir ao omnichannel é o alto custo do frete, ao ver o produto antes da compra, atrasos e demora na entrega, insegurança em divulgar dados e burocracia para trocar um produto ou cancelar uma compra.