Desde fevereiro de 2016 no Brasil com escritório próprio, a Aivo (de origem argentina) é uma das empresas que atuam no país com software de assistente virtual. “O que fez a gente vir para cá são as cifras. Quando você olha o volume de atendimento no país, não tem comparação. O potencial é enorme”, destaca Bruno Dalla Fina, country manager da Aivo.
Batizado de AgentBot, o assistente virtual da empresa interage com mais de dois milhões de pessoas mensalmente, gerando mais de 100 milhões de interações por ano, segundo dados da Aivo. “O diferencial hoje que a gente busca é que o assistente virtual não seja só informativo. Queremos ser resolutivos, através de integrações, conseguir alterar plano de pagamento, efetivar um pagamento ou uma compra, por exemplo. Existem níveis de assistentes virtuais”, conta Dalla Fina.
Segundo o executivo, depende muito mais de uma maturidade das empresas em colocar processos no chatbot, do que capacidade tecnológica. “Nossa plataforma permite várias interações. É normal ver uma evolução gradativa. O robô começa com determinado assunto até ter autonomia de responder quase todos os canais”.
Para Dalla Fina, cada vez mais o atendimento humano está robotizado e cada vez mais o atendimento robotizado está humanizado. “A gente busca essa conversa fluida, de o assistente ter capacidade de dialogar com o usuário e não ter resposta padrão”, diz ele. Ao que tudo indica, o céu é o limite para a abrangência do uso da inteligência artificial daqui para frente. Em 2016, a estimativa é que o mercado mundial de AI movimentou US$ 360 milhões. A projeção para 2025 é de US$ 30 bilhões.
“Se imaginarmos que é provável um cruzamento entre tecnologias e segmentos, como um assistente virtual especializado na parte financeira da indústria de transportes, que utiliza além de machine learning, mas também image processing, teríamos um bot capaz de ler, entender e responder à simples foto de um bilhete de embarque, e poderia creditar suas milhas automaticamente”, afirma.