Maior aplicativo de táxi do mundo em cobertura, o Easy Taxi comemora três anos desde a sua criação. A empresa, que está presente em 165 cidades e 32 países, foi fundada no dia 25 de junho de 2011 durante uma edição da Startup Weekend, e operou até abril do ano seguinte até lançar um app. Iniciada por Tallis Gomes, Marcio William, Vinicius Gracia e Daniel Cohen, a start-up mantém seus planos de expansão e anuncia parcerias com Skol e Íbis para este ano.
Em meio à comemoração de aniversário, Tallis Gomes, também CEO da companhia, afirma que a Easy Taxi existe não apenas para explorar um nicho de mercado, mas sim por um propósito: “que as pessoas deixem seus carros em casa”.
A aliança com a cervejaria vale até o final da Copa e dá desconto aos passageiros que imprimirem um voucher, enquanto o acordo com o a rede de hotéis também oferece vantagens para aquele que se hospedar e usar o aplicativo. “As parcerias são feitas para diminuir o valor da corrida e incentivar esse modelo de transporte. Nosso movimento cresce ao menos 25% com essas promoções e existe um impacto na divulgação que até difícil de medir”, afirma Tallis Gomes.
No início do ano, durante a greve do transporte público, a Easy Taxy deu um abatimento de até R$ 30 para os consumidores. “A repercussão compensa o investimento, o número de replicadores aumenta consideravelmente e o custo de aquisição por cliente cai muito”.
Em sua fala, o executivo menciona outras métricas para mensurar o sucesso das promoções. Perguntado a respeito do uso de dados para melhorar os serviços oferecidos, Tallis Gomes confirmou que a Easy Taxi é extremamente analítica em relação a essas informações, e possui mais de 300 entre os seus 1,3 mil funcionários dedicados a captar e analisar os dados em todos os pontos de relacionamento com o consumidor ou com os cerca de 185 mil taxistas cadastrados globalmente. “Nos preocupamos muito com a qualidade do serviço, o tempo de corrida e o tempo de bordo. Manter a qualidade é fundamental, visto que somos um marketplace de serviços. Portanto nossos KPI são voltados para isso”, diz Tallis.
Os próximos desafios a serem superados pela empresa são a educação e tecnologia dos taxistas, cada vez mais adeptos de smartphones, plataforma necessária para trabalhar com o serviço, e alguma reação à má qualidade da internet móvel no Brasil.
Nestes três anos, a companhia recebeu cerce de R$ 55 milhões em três rodadas de investimento, feitos por Rocket Internet, iMena e LIH (Latin America Internet Holding). Em seu surgimento, a Easy Taxi monetizava cada corrida cobrando R$ 2 por chamada, mas esta tarifa desapareceu em meados de 2013 “para que a empresa se tornasse líder de mercado”, segundo Gomes. Atualmente, a empresa ganha dinheiro por meio do serviço de pagamento Easy Taxi Pay e também do business corporativo, o Easy Taxi empresas. Mesmo assim, de acordo com o CEO, não visa ainda o break-even (compensar o aporte feito e passar a dar lucro, o turning point na vida de start-ups) pois usa o investimento e a receita para expandir ainda mais a sua atuação.