Nova agência será independente e já atende Tinder, Pizza Hut, Rede Frango Assado, KFC, John Deere, Ademicon e Sabin Diagnóstico

Mais uma agência chega ao mercado. Desta vez é a Jones, que surge a partir do processo de spin-off promovido pela Adventures. Segundo o co-CEOs, Edwin Junior, o filho cresceu e o ecossistema da Adventures foi dividido em três grandes frentes: uma voltada para criação de marcas próprias em sociedade com celebridades; uma vertical de tecnologia; e a vertical de agência, que ganhou tamanho e maturidade para seguir em voo solo. “O que antes dependia da estrutura e suporte da holding, hoje já consegue ganhar independência e caminhar por pernas próprias. A agência era parte do todo, e, agora, começa uma nova história com essa independência. A Jones vai poder gritar para todos que é uma agência, e ganhar protagonismo com suas campanhas, ações e maneiras de gerir o negócio”.

Carol Rosa, CCO da nova agência, explica porque do nome Jones. Para ela, não é à toa que alguns personagens se tornam ícones. “De alguma forma, eles moldam a forma como a gente percebe o mundo. E, em certo momento, a gente até se sente um pouco parte da aventura. Nesse contexto, para chegar no nome da agência buscamos um sobrenome que está sempre presente como um símbolo de entretenimento e aventura: Grace Jones, Quincy Jones, Cleve Jones, Catherine Zeta-Jones, Rita Lee Jones, Daisy Jones & The Six, Indiana Jones. Para continuar nessa ‘adventura’ dos últimos anos, mas de uma forma independente já nascemos buscando esse fator de ícones no nome Jones”, conta.

Bia Patara, Marcelo Chianello, Carol Rosa e Edwin Junior que comandam a nova agência (Divulgação)

Edwin Junior fala ainda sobre a tarefa de encarar um setor repleto de agências de publicidade e como se diferenciar no meio de tamanha competição. Ele acredita que, apesar de estar no mercado há mais de três anos, a Jones nasce com um board muito diverso de experiências. “Diferente das demais agências do mercado, que em sua grande maioria é composta apenas por publicitários, a Jones nasce com um mix entre C-Levels que já se sentaram por anos em grandes empresas como clientes, publicitários (sim!) e que já atuam há alguns anos em estruturação de negócios. O que buscamos como clientes em nossas vidas passadas (e nunca encontramos em outras agências), vamos fazer aqui na Jones”.

Ainda conforme ele, além do board diverso, a agência tem como drive principal ser parceiro de negócios dos clientes. “Isso basicamente significa estarmos atrelados e imbuídos a gerar resultados para as empresas, e não simplesmente ganhar um prêmio por uma ideia que não gerou resultado efetivo na ponta do negócio. Além do modelo de negócio para o cliente, começamos a Jones com um modelo de gestão circular, que dá mais autonomia para os líderes de cada área, e juntos, reportam ao board. Esse modelo traz um produto mais estratégico, cuja operação (diferente de outras agências) não funciona em silos”, explica.

Carol declara que o que fazem e vão continuar fazendo é publicidade que gera resultados. “O fim sempre será construir uma comunicação que conecta marcas a pessoas, e com visão de gerar resultados para os clientes”. Segundo ela, o meio pode passar pela publicidade tradicional, sim, se fizer sentido para atingir os KPIs necessários. “No final do dia, buscamos pela atenção do consumidor final, seja em um simples post criativo, em um OOH, em um filme ou um PR stunt no meio da Paulista”.

Com a independência da agência, a projeção de crescimento para este ano, segundo Marcelo Chianello, co-CEOs da Jones, não só o crescimento da receita, mas também buscar melhorar as margens do negócio, uma vez que o modelo de gestão circular e o foco no negócio vai fazer com que os times sejam otimizados e exista um ganho significativo na produtividade das áreas, trazendo um ganho para o negócio e, consequentemente, para os nossos clientes. “Esperamos crescer em 25% em 2023”, afirma.

Ele não revela quanto foi investido no negócio. Diz apenas que a Jones nasce independente, após um spin-off do ecossistema da Adventures e como o negócio já gera resultados positivos, o investimento se dará pelo próprio business em si. “Temos amplo networking com o mercado e estamos sempre abertos a conversas que visam estabelecer parcerias de negócios”, comenta o executivo.

A COO Bia Patara fala sobre os clientes da agência, que já estão na carteira, como Tinder, Pizza Hut, Rede Frango Assado, KFC, John Deere, Ademicon e Sabin Diagnóstico, que, para ela, são um mix entre o que vem da Adventures e de novas contas que conquistaram recentemente com a nova gestão. “Estamos ainda mais próximos e cuidando muito dos nossos clientes neste momento de transição da marca. Até o momento todos eles estão vendo de forma super positiva a independência da agência, uma vez que no final do dia teremos ainda mais espaço para falar e comunicar ações e campanhas exclusivas do business do segmento. Estamos participando de diversas concorrências e novos projetos neste momento, e a Jones certamente trará ainda mais novidades em breve”.

Trabalho desenvolvido pela Jones para John Deere, que teve uma lovebrand agro no Brasil por meio de reality shows e webséries (Divulgação)

A cerca dos trabalhos já desenvolvidos sob a nova gestão, Bia diz que geram resultados e potencial de negócio por meio de conteúdo e entretenimento, do B2B à geração Z. “Potencializamos John Deere como uma lovebrand agro no Brasil por meio de reality shows e webséries; reconectamos a marca Tinder ao público jovem criando diversos produtos de entretenimento viralizáveis que vão de videoclipe até podcast; entre várias outras ações para clientes diversos. Desde o surgimento da Adventures, viemos fazendo uso da comunicação não interruptiva para gerar resultado, e, agora, como Jones, queremos avançar ainda mais no caminho que construímos, levando esse pensamento ao maior número de clientes possível”, exemplifica.

Se a agência vai ou não aproveitar a estrutura da Adventures, Edwin Junior declara que com o spin-off, a Jones se torna 100% independente da estrutura da Adventures, com autonomia, caixa e gestão totalmente apartada. “A partir de agora, os founders sentarão na cadeira de advisors junto com o board”, avisa.

Cada um dos sócios da Jones já esteve do outro lado do balcão e conhecem bem os prazeres e as dores do ofício. Edwin Junior, por exemplo, foi CMO da Domino’s Pizza no Brasil. Já Marcelo Chianello, CEO da Liq Participações AS. E Carol Rosa, head de voz e vocação do Itaú Unibanco; e Bia Patara, diretora de negócios e operações para o TeleTon.