Sem ainda o capricho criativo que a fez uma das melhores do mundo, a propaganda brasileira começa a reaparecer nos meios, voltando a ocupar seus espaços momentaneamente cedidos para outros formatos de comunicação publicitária.

Sem dúvida, ambas designações significam a mesma coisa no idioma pátrio, mas quem pertence ao meio sabe que há uma grande diferença entre a comunicação publicitária extremamente criativa e aquela que é feita apenas para ocupar um espaço nos meios, muitas vezes (como recentemente) cedido por estes a custos bem abaixo das suas tabelas e com o intuito, além de faturar o possível, de não deixar que os anunciantes abandonem seus espaços e tempo.

Durante o auge da pandemia, pudemos observar bem essa diferença, com o Brasil se estranhando diante da qualidade de um trabalho publicitário nos meios que remetia a décadas passadas, quando o nosso país pertencia à segunda divisão da atividade mundial.

Para defender o que estava sendo feito, muitos profissionais chegaram a justificar como a nova propaganda, aquela que veio em meio a uma crise pandêmica para inovar, ser ainda mais criativa do que recentemente já foi a nova propaganda brasileira.

Os publicitários sabiam que não era bem assim: estava se barateando a criação de peças e depois até campanhas, na expectativa de que o retorno de todos aos seus verdadeiros lugares de trabalho supriria essa diferença qualitativa.

É de fato o que começa a ocorrer agora, ainda com boa parte das agências fechadas e seu pessoal trabalhando no famoso home office, com outras abertas às escondidas, mas todos conscientes de que o retorno da aplaudida propaganda brasileira muito depende do trabalho em grupo (equipes), do vaivém eletrônico das ideias, muitas já em rascunho facilitando a visão do cliente-anunciante, quanto à qualidade da finalização dos trabalhos, sejam para que espécie de mídia forem.

Muito se falou ainda no crescimento do online diante da crise e isso é uma verdade inconteste, atrapalhada porém pela força e ao mesmo tempo facilidade de comunicação dos meios tradicionais, que ainda fazem mais a cabeça do grande público do que os pertencentes ao novo mundo online.

Temos para nós que levará ainda uma geração, ou talvez duas, para que a batalha final do online sobre os meios tradicionais seja vencida pelo primeiro, no que diz respeito à comunicação publicitária.

Quando a televisão ainda não existia no Brasil (e ela somente surgiu entre nós em 1950), os grandes veículos, os que mais recebiam as verbas dos anunciantes, eram os grandes e famosos jornais.

Levou muito tempo para que a televisão, mais simples no seu manuseio na época do que hoje todos os formatos online existentes, ganhasse a corrida dos impressos, incluindo nesse caso até mesmo a capacidade financeira dos consumidores e o enorme investimento necessário às organizações de TV se instalarem, com seu início delimitado a raios de ação de pequena monta.


O detalhe mais importante do conjunto de medidas contra o coronavírus é a criação da vacina que o neutralizará. Nessa empreitada, o Brasil está caminhando célere, principalmente sob o comando do governador João Doria, que tem feito apelos e fornecido recursos para que o nosso Instituto Butantan, em parcerias com outros congêneres espalhados pelo planeta, inicie 2021 vacinando boa parte da população global.

Um trabalho hercúleo, mas necessário, porque o inimigo ainda é desconhecido e requer da nossa parte uma “arma” de destruição (ou impedimento) em massa da sua ação devastadora, que será a vacina.


Nossa matéria de capa da presente edição – Especial CMO – foi aqui redigida por Kelly Dores, editora-chefe do PROPMARK, permitindo-nos a reprodução do parágrafo de abertura da mesma:

“Em parceria com a Makers, plataforma que conecta lideranças de mar- keting e inovação, o PROPMARK selecionou 14 CMOs (chief marketing officer) de marcas que estiveram entre as que mais se destacaram no período de pandemia, para contar sobre os seus desafios e as estratégias que lideraram com ações sociais, inovações e campanhas de impacto.

Passados quase sete meses desde que a OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou a pandemia de Covid-19, em 11 de março, e com os números de casos diminuindo no Brasil, além da retomada dos negócios, vale fazer um retrospecto do que marcas como Ambev, Burger King, Camil, Rappi, Suvinil e Via Varejo fizeram para manter seus negócios ativos e se unir pela causa em comum”.


A agilidade do SBT uma vez mais se concretiza, com o lançamento do prêmio “O melhor comercial do Brasil”, com matéria explicativa nesta edição. O SBT sabe que o mercado publicitário sofreu muito este ano e atitudes como esta trazem um novo alento a todos os players.


Nesta edição do PROPMARK, também, matéria de apresentação do 8º Fórum Lide do Varejo e Marketing, do Grupo Doria.


Uma boa notícia para o mercado publicitário: matéria sobre o novo levantamento VanPro, da Fenapro, que mostra que um terço das agências de publicidade já recuperou a receita pré-pandemia.

O Brasil é mesmo de fazer inveja aos lerdos.