O jornalista Ivan Lessa, no Pasquim, repetia uma frase que ficou famosa: de 20 em 20 anos, o Brasil recua 20. Ou seja, não sai do lugar. É assim que estamos vendo nossas cabeças mais coroadas em economia voltar a usar a expressão demanda reprimida para explicar na verdade uma demanda de guerra contra um inimigo que não se sabe a origem (há alguns chutes, mas não passam disso).

Os jornais dos últimos dias têm explorado a demanda reprimida até com certa facilidade, pois não poderia ser diferente diante das enormes dificuldades de saúde e financeiras que o coronavírus nos causou e prossegue causando, queira Deus que em número cada vez menor, como temos percebido nestes últimos dias.

Há os pessimistas das ciências que aguardam por segunda investida desses malfeitores, mas como isso não é tão certo, nossa torcida é para que aos poucos o inimigo nos abandone para sempre, deixando-nos a tarefa de contar os estragos feitos, as mortes ocorridas, os que se salvaram por um triz e assim por diante.

Nesse particular, contamos com a colaboração e até mesmo os esforços da classe publicitária, sempre diferenciada quando se trata de valorizar o país, em dar a sua contribuição indiscutível ao nosso progresso e principalmente, como soldados do primeiro batalhão, gritar Brasil sempre que a pátria é vilipendiada.

Já o dissemos aqui várias vezes, está mais do que na hora desse importante segmento da economia, que tem o condão de multiplicar seus esforços e competência em prol de um Brasil melhor para todos, rever sua resistência ao seguir no trabalho em home office, diminuindo assim a quantidade de trabalhos que alguns só o nosso país sabe criar, graças ao talento da nossa gente, principalmente os que labutam nessa nobre arte, como no passado era erroneamente denominada a luta de boxe.

Nobre arte, sim, junto com mais outras poucas, é exatamente produzir trabalhos para veiculação nos meios, que convençam os consumidores a comprar, levando para casa ou suas empresas produtos de alta qualidade técnica e de design superior hoje aos de muitos países que um dia foram mais avançados que o nosso.

Se até as crianças começam a frequentar as aulas, por que os profissionais de publicidade (nem todos) relutam em voltar ao trabalho, em cuja conjunção de esforços e talentos o Brasil muito ganhou, apagado que era no passado não muito distante, em termos de uma produção publicitária de primeira linha?

Imagine o leitor um batalhão de bons soldados indo à guerra e se recusando a lutar na frente da batalha. Guerra perdida, por certo.

Não estamos vendo exatamente isso, mas sim um tipo de disfarce no que vem sendo veiculado na mídia, que nada tem a ver com o passado recente da nossa publicidade, consagrada para sempre em curto espaço de tempo em festivais da maior importância mundial, que não se limitam apenas a valorizar a arte contida nesses trabalhos, mas, e o dizemos sem esforço, o talento da nossa gente quando se propõe a criar o belo, o inusitado, as palavras que convencem, enfim estimular o escambo com uma rara inteligência criativa.

Tantos são os brasileiros com esse talento, que muitos já estão trabalhando fora do país, onde se ganha mais e se vive de uma certa forma melhor.
Admiramos deste distante espaço do PROPMARK (em relação à chamada grande imprensa) como esta ainda não percebeu que estimular caricaturas, em vez de prosseguir no trabalho muito bem feito que vínhamos (os nossos publicitários) fazendo, é retroceder, com o perigo de mostrar às novas gerações que o que está sendo feito agora não é o melhor que pode ser feito, mas é simplesmente o melhor do que já foi feito até aqui.

Há 55 anos noticiando a propaganda, com destaque para a brasileira, o PROPMARK lamenta esse retrocesso, não por falta de talento profissional na nossa grey, mas talvez por se estimular um momento incompatível com o brilho que sempre tivemos, criando uma diferença gerada pelos tempos que não condiz com as alturas que já alcançamos na qualidade brasileira.

Em vez de atirar-nos pedras, reflitam sobre o que estamos aqui expondo, lembrem-se de países lá atrás que produziam produtos inigualáveis, de todas as espécies, que por causa de situações limites, como conflitos militares e pandemias como a que enfrentamos, perderam a sua capacidade de cotidianamente gerarem o bom, com a facilidade dos que sabem o que fazem e têm talento para isso, além do gosto pela busca da perfeição.


O dia de entrada em circulação oficialmente deste semanário coincide este ano com o Dia das Crianças, diria que até mais importante para elas do que o próprio Natal, data tradicional que abrange a todos, mesmo aqueles que só têm para dar um abraço nos filhos, mulher e parentes.

O Dia das Crianças é especial, pela limitação que impõe à faixa etária homenageada e ao fechamento do hábito secular da troca de presentes entre as pessoas, o que faz prevalecer a lei da compensação.

Criança é para ser tratada como tal, com um dia especial só para elas e a compreensão que devemos lhes passar da sua importância no mundo.

A criança projeta o adulto que um dia vai ser, que muito dependerá de como foi tratada quando criança. Podemos falar aqui de muitas palavras, com vários significados, mas para nós o mais importante é o amor. Sem ele, a humanidade desce um degrau.


Classe unida vota unida: Enio Vergeiro para vereador nas eleições que se aproximam. Tudo o que se falar ou ouvir a respeito de Vergeiro será pouco. Nossos anos de convivência profissional com ele já o demonstraram.


Imperdível a matéria sobre os vencedores do Profissionais do Ano da Globo. A AlmapBBDO ganhou uma das categorias nacionais principais, em Filme, com o comercial Vida para a Volkswagen.


Com pesar, registramos a morte por Covid-19 de Dalmo Pessoa, querido amigo e grande jornalista esportivo, trabalhando simultaneamente, em passado recente, nas mídias radiofônicas e em jornais, aqui como editor do Classe A de São Paulo, e também vereador em São Paulo.