Destruindo Metas mostra que publicidade pode se beneficiar com a velocidade de pesquisas

A inteligência artificial não admite artificialidade no seu manuseio. Portanto, usá-la como âncora para dirimir deficiências é um ledo engano. A IA generativa tem propriedade para gerar soluções, mas não insights. Ela pode aprender e reaprender, mas o ponto de partida humano é que vai conduzir a uma solução que a automação de dados em tempo real pode propiciar. IA é um grande negócio e vai continuar sendo. Veio pra ficar. Um estudo da empresa alemã Statista indica que os atuais US$ 200 milhões saltarão perto de US$ 2 bilhões em 2030.

“IA refere-se à capacidade de um computador ou máquina de imitar as competências da mente humana, que muitas vezes aprende com experiências anteriores a compreender e responder à linguagem, às decisões e aos problemas”, sintetiza a Statista.

Essa análise otimizada de dados, que chega à mesa dos profissionais em segundos, avança no mercado brasileiro e globalmente. O marketing e a publicidade estão colados nessa realidade que imprime não só velocidade aos processos acelerados atuais, mas estimula a criatividade, porque sem ela, como atestam especialistas, a IA vai ser um ‘ai ai ai’ doloroso. O publicitário Giovanne Saraiva, especialista em marketing B2B e CEO da Destruindo Metas, especializada em educação empresarial e mentorias para agências de comunicação, já contabiliza mais de três mil atendimentos para agências de 20 países.

Ele explica que 26% dos profissionais que integraram IA perceberam qualificação dos leads em cerca de 20%. Ele cita o desempenho positivo da IBM, Salesforce e Adobe com automatização de processos de vendas enquanto executivos se concentram mais no fechamento de negócios. Saraiva chama de ciclo 3 o momento da IA, que considera de maturação.

Giovanne Saraiva, especialista em vendas B2B e CEO da Destruindo Metas (Divulgação)

“A maioria das empresas já conhece, sabe como funciona, mas ainda não está 100% madura pra utilizar. Todas estão tentando se adaptar rápido e encaixar a IA as suas operações. Os benefícios são velocidade, dinamismo, automação de tarefas repetitivas, análise de dados e criação de conteúdos em alta escala. É como se você pudesse ter um profissional trabalhando para sua empresa em qualquer área que você precise. E os riscos da IA vão ser sempre mais sobre o ser humano do que a própria IA. Qualquer tipo de IA vem para apoiar o ser humano e não substituir. Acredito que qualquer IA, pelo menos no estágio atual, necessita de supervisão humana”, esclarece o CEO da Destruindo Metas, que expõe a razão pelo interesse e crescimento.

“Evolui e cresce na mesma velocidade que as pessoas descobrem o quanto de dinheiro estão deixando na mesa sem utilizar qualquer tipo de inteligência artificial. Centenas de atividades podem ser substituídas sem perder nenhuma qualidade. Isso não significa que ela está substituindo pessoas, mas, sim, deixando as pessoas mais produtivas e ágeis”, ele explica.

Como a publicidade está se beneficiando desse artifício? Saraiva responde: “De diversas formas, mas gosto de destacar duas. Antigamente (alguns meses atrás) o principal canal de busca para referências, matérias e outras informações eram os buscadores conhecidos que temos hoje. Atualmente, é muito mais rápido e prático eu fazer uma pergunta para alguma IA direcionada para exatamente o que eu quero saber sobre determinado assunto. Se eu quero saber sobre a Segunda Guerra mundial, eu posso procurar no buscador, ler várias matérias sobre isso e chegar a uma conclusão. Com IA, eu posso simplesmente pedir para que ela me traga as informações que eu quero, junto já a uma conclusão. O segundo benefício está relacionado à análise de dados. Antes, demorávamos alguns dias, semanas ou até meses para analisar planilhas grandes, dados de consumidores etc. Hoje, com algumas perguntas e anexando a planilha a alguma IA, conseguimos isso em segundos.”

No ano passado, o avanço da IA teve incremento de 250% de acordo com a HubSpot. Para automatizar processos, reduzir custos e aumentar a eficiência nas áreas de vendas e marketing, como detalha Saraiva. Ele prossegue: “É importante ressaltar que, embora a IA seja uma ferramenta poderosa, ela deve ser vista como um complemento ao trabalho humano, não como um substituto. A experiência, o relacionamento e a inteligência humana ainda são essenciais para o sucesso nas vendas. Portanto, a integração harmoniosa entre a IA e as habilidades humanas é fundamental para maximizar o potencial de vendas das empresas no cenário atual”, comenta.

A Destruindo Metas tem expertise na preparação para essa nova cena da era digital. E o mercado estimula essa busca. Por exemplo, o Integrity Forum 2024, evento organizado pela Quality Digital com o apoio da Diligent, será realizado no dia 21 de maio em São Paulo com plano de dar o tom para questões éticas e impactos sociais. Um dos palestrantes será Cássio Pantaleoni, que abordará o tema ‘GRC & AI responsável - impactos e possibilidades’. Ele é autor do livro ‘Humanamente digital: inteligência artificial centrada no humano’.