No último dia 27 de setembro, o PROPMARK repercutiu os 15 anos da Lei Cidade Limpa, que reconfigurou a mídia exterior em São Paulo. Ana Célia Biondi, presidente da Associação Brasileira de Mídia Out of Home e diretora-geral da JCDecaux, destacou que a capital paulista inspirou diversas cidades com o movimento de organização de valorização do espaço urbano.
“Outro ponto muito importante é que a Lei abriu o caminho para que todo o mercado de out of home se atualizasse em prol de um OOH que, prioritariamente, fosse feito para estar à serviço do paulistano e da cidade”, afirmou.
O Sepex-SP (Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior do Estado de São Paulo) enviou uma carta aberta comentando os 15 anos da Lei Cidade Limpa. O documento é assinado por Luiz Fernando Castro Rodovalho, presidente da entidade.
Leia abaixo o texto:
“15 anos da Lei Cidade Limpa – Carta Aberta
O Sepex-SP representa empresas da Publicidade Exterior em todo o Estado de São Paulo, assim como o segmento na interlocução com Prefeituras Municipais, Governo Estadual, Autarquias e Governo Federal e ajuda a parametrizar a publicidade exterior nas cidades do Estado de São Paulo, junto aos Poderes Executivos e Legislativos.
Mesmo com a proibição da mídia exterior a partir do ano 2007 nós não paramos de dialogar com todo o ecossistema da publicidade nesses últimos 15 anos.
Vemos a Publicidade Exterior como um todo; grandes formatos, empenas cegas, topo de prédio, propaganda em ônibus e táxis, mobiliário urbano, não deixando de lado os famosos e icônicos Front-Light, sempre de acordo com uma legislação prevendo rarefação entre engenhos, dimensões adequadas a cada região, com uma legislação de fácil de compreensão, fiscalização e contribuição financeira pela utilização da paisagem urbana.
A Publicidade Exterior na Cidade de São Paulo, por vários motivos, não deve ficar atrelada somente ao Mobiliário Urbano e ser explorada por apenas duas empresas, pois os valores por elas praticados permitem que somente uma pequena parcela de anunciantes (somente as grandes empresas e grandes redes tem capital para pagar o alto custo) tenham acesso a essa mídia e porque também não tem cobertura em toda a cidade, deixando o comércio fora do grande centro à margem dessa mídia.
As empresas da Publicidade Exterior representadas pelo Sepex SP querem participar desse mercado publicitário, com novas tecnologias, painéis de led’s em 3D, projeções mapeadas, criação de região turística, tipo Time Square, Picadilly Circus, Xangai, Cingapura etc., locais que hoje são referência da Mídia Exterior ao redor do mundo. E por que não incluir São Paulo nesse roteiro? Integração da população com os engenhos da publicidade exterior.
São Paulo, está entre as 10 maiores capitais mundiais, tem condição de participar desse grupo, de cidade tecnológica, cidade inteligente, cidade inspiradora. Tivemos e temos nas agências de publicidades os maiores criadores de campanhas publicitárias da história, tais como Nizan Guanaes, Washington Olivetto, Petit, Zaragoza, entre outros, que se utilizaram muito bem da mídia exterior para expor suas maravilhosas criações.
Como cita o publicitário Léo Moraes, diretor de mídia da Ogilvy Brasil:
“Hoje, apesar de a cidade ter o mobiliário urbano mais padronizado, acredito que seja o momento de buscarmos mais flexibilidade, contemplando, obviamente, o equilíbrio e respeito ao contexto urbano. Sinto falta de termos propagandas de grande formato, impactantes, com produção diferenciada. Acredito que a cidade fica mais viva e colorida”.
Com base em nossos estudos técnicos e econômicos, desenvolvemos um projeto diferenciado para a Cidade de São Paulo, com um conjunto de equipamentos que irão veicular, além das propagandas dos anunciantes, conteúdos educativos, culturais e de cidadania. Isso trará recursos financeiros aos cofres públicos, gerará empregos e favorecerá os micros, pequenos e médios comerciantes a divulgarem seus produtos e serviços. Tudo isso sendo aplicado de forma orgânica e ordenada, com regras claras e de fácil aplicação e fiscalização.
Nós do SEPEX SP buscamos que nossas prerrogativas legais, nosso conhecimento de mercado e os estudos urbanísticos e econômicos sejam considerados, debatidos e ajustados para que tudo aquilo que trouxe de paradigma a partir da Lei Cidade Limpa possa agora, servir de lição para a construção de uma nova cidade, conectando os anunciantes com a população e ao mundo”