Em série sobre marketing digital, Sandra Arango contou como a companhia de bens de consumo usa creators, conteúdo e dados

Cada vez mais, novas plataformas digitais surgem e colocam as empresas diante do desafio de se adequarem àquela linguagem, mostrando seus produtos e serviços dentro daquele novo formato.

Foi nessa temática que a série O novo manual do marketing: grandes CMOs do Brasil recebeu Sandra Arango, diretora de marketing da Reckitt. O episódio já está disponível no perfil do PROPMARK no Spotify e no canal do YouTube. A conversa foi conduzida por Carolina Vilela, jornalista do PROPMARK Online, e pelo fundador e CEO da Zmes, Marcelo Tripoli.

Sandra falou de pontos como as diversas formas com que as marcas têm se conectarem aos consumidores devido às redes sociais e como essa avalanche de novas mídias impacta a decisão de compra. Ela também ressaltou a importância de as marcas trazerem os seus propósitos para a frente de suas campanhas.

“Hoje, os consumidores estão expostos a diferentes meios, especialmente digitais, que afetam as decisões de compras. E um dos pontos que mudou muito no marketing é toda a importância do propósito na construção das marcas. Propósito é uma realidade que as marcas precisam trazer para frente, então o digital ajuda muito”, afirmou Sandra.

Com base na pesquisa sobre FMCGs realizada pela Zmes, que apontou o aumento da distribuição de investimento das empresas no digital, Tripoli explicou que este movimento acompanha a mudança de hábito dos consumidores.

“Há alguns anos, se falava que o celular era o ‘second screen’, mas hoje ele é o ‘first screen’, independentemente da idade e da classe social. As marcas precisam seguir esse tempo. Se existe mais tempo do consumidor no celular, existe mais verba indo para o celular. Nós entrevistamos 20 CMOs de grandes empresas de bens de consumo, fizemos um painel com quase dois mil consumidores e vimos que existe uma mudança de comportamento do consumidor e as marcas seguiram”, afirmou o executivo.

Outro ponto levantado pelo CEO da agência foi a aceleração do e-commerce de bens de consumo não-duráveis. “Tradicionalmente, esses itens são categorias que não têm grande penetração de e-commerce, mas a pandemia fez isso acelerar. Muitas empresas começaram a deslocar uma verba de marketing para ser fim de funil, que cruza com vendas. É drástica a mudança. No final das contas, a empresa quer entender se aquele dinheiro colocado no marketing está empurrando produto na gôndola”, completou Tripoli.

Indo ao encontro com os dados apresentados pela pesquisa, Sandra confirmou que os investimentos da Reckitt no digital dobraram nos últimos três anos. “Tem muitas ferramentas, muitas oportunidades e muitos consumidores que queremos atingir. Estamos fazendo um esforço em atender melhor os consumidores com um investimento maior”, completou a executiva.