A procura por cursos on-line aumentou durante a pandemia do novo coronavírus em 2020. As limitações de mobilidade pelo isolamento social impulsionaram as pessoas a buscarem por qualificação profissional, melhorar suas habilidades no trabalho, aprender formas de criar renda extra, até mesmo desenvolvimento de hobbies, competências ou novos conhecimentos. Tal cenário deve aumentar em 2021, já que essa modalidade de ensino a distância (EaD) se tornou uma das melhores (se não a única) opções para a continuidade dos estudos no atual momento.
Dentre as principais vantagens dos cursos on-line estão: a flexibilidade de horário – que permite ao aluno estudar quando quiser ou tiver tempo, conduzir seu próprio ritmo de aprendizagem, distribuir as horas de acordo com suas circunstâncias pessoais e conciliar seus estudos com a sua vida profissional e pessoal e, principalmente, o acesso para aprender com quem é referência em suas áreas de atuação e que pode aliar o ensino do conteúdo teórico com a vivência prática. Proporciona ainda acessibilidade, autonomia, poder aplicar os temas das aulas à sua atividade profissional, possibilidade de ter acesso a conteúdos atualizados e disponibilizados por meio de diferentes suportes (texto, imagens e som), que enriquecem os programas formativos.
Se por um lado existe o consumidor que busca o aprimoramento profissional e pessoal ao escolher um curso on-line, existem também pessoas que dominam uma área do conhecimento e desejam criar conteúdos para vendê-los na internet. É uma excelente oportunidade de empreendedorismo que pode mudar a vida desse expert (como é chamado o especialista que vende seus cursos), pois considero um negócio altamente rentável. No entanto, não basta apenas saber sobre determinado assunto para despertar o interesse do consumidor. Vender um treinamento on-line não significa apenas desenvolver o material referente a área de expertise e disponibilizá-lo na internet. Ele não se vende sozinho.
Para fazer disso um negócio rentável e promissor é necessário o desenvolvimento e aplicação de estratégias de vendas on-line em escala, que incluo tempo e domínio de ferramentas de marketing digital e comunicação. Sobretudo, para quem não está muito familiarizado com automação de e-mail marketing, gestão de tráfego, criação de páginas na internet e edição de vídeo; criar sozinho um projeto nessa magnitude pode ser necessária uma grande curva de aprendizado.
Portanto, vender um infoproduto (e-book, áudio-book, vídeo aulas, entre outros) em larga escala, por meio da internet, pode trazer retornos mais rápidos quando o expert torna-se parceiro de uma empresa ou profissional que já tenha domínio e resultados comprovados em vendas on-line. O papel destes parceiros é conhecido no mercado como “coprodutor”, que é o responsável por desenvolver e viabilizar as estratégias de marketing digital e vendas on-line. Isso aumenta consideravelmente o potencial de sucesso.
A coprodutora digital é responsável por definir todo o planejamento e as estratégias para desenvolver e vender o produto. Uma equipe especializada em vídeo, criação, suporte, copywritting e gestão de tráfego tem como missão colocar em prática todas as ações necessárias para que o processo seja concluído de forma eficiente. Por outro lado, o especialista pode apenas focar na qualidade da produção do conteúdo do curso.
A monetização do infoproduto entre a coprodutora e o expert pode ser feita de diversas maneiras e isso varia de acordo com as funções exercidas por cada um no projeto ou de como foi combinado, levando em consideração os riscos envolvidos e a projeção de retorno financeiro. Hoje, o modelo mais comum é quando a coprodutora não cobra um valor fixo pelo serviço, mas recebe um percentual dos resultados gerados.
Patrícia Suzuki é publicitária com MBA em Gestão Empreendedora de Negócios e sócia da Nova Fala – coprodutora de marketing digital.