“O YouTube é o maior site de vídeos e o segundo maior buscador do mundo, atrás apenas do Google. Centenas são postados a cada minuto e muitos deles acabam se tornando virais e repercutindo globalmente. Desde sua criação, a plataforma já contava com a possibilidade de anúncios, que eram feitos por meio de banners comuns. Só depois novas ideias entraram em vigor.
A hospedagem de propagandas em formato de vídeo, por exemplo, surgiu em 2010, com variações de formatos que foram sendo simplificados ao longo do tempo. O nome TrueView reforça ao anunciante a mensagem de que só vai pagar quando o usuário efetivamente assistir ao anúncio. Dessa forma, abriu-se um leque de oportunidades a serem exploradas para o mercado publicitário.
Esse modelo de investimento digital pode ser uma ótima escolha se usada corretamente. A plataforma possui uma grande base de usuários conectados, além de oferecer diferentes formatos de publicidade para atender à necessidade de qualquer cliente. O Google, maior interessado na efetividade dos vídeos publicitários no YouTube, lançou recentemente a série ViewBusters, uma espécie de tutorial sobre como criar propagandas eficazes.
No Brasil, a ideia de usar a ferramenta na publicidade cresce em projeção geométrica, devido à explosão de canais brasileiros de sucesso, que atraem públicos cada vez mais específicos, encurtando distâncias entre o anunciante e o consumidor, sem falar no custo reduzido em comparação a propagandas televisivas.
O grande desafio consiste em encontrar maneiras de atrair a atenção do público-alvo nos primeiros cinco segundos para que ele chegue ao final do vídeo. Diferente da televisão, onde o espectador tem menos possibilidade de controlar o que vê, e acaba assim sendo menos seletivo, a internet oferece essa opção a ele. Portanto, é imprescindível que, além de segmentar de maneira precisa os anúncios, fazendo com que eles atinjam o público interessado no produto, também tragam uma ação criativa que desperte o interesse do internauta.
Alguns cases de sucesso circulam na rede. Como, por exemplo, o vídeo ‘A Hunter shoots a bear’ (2010), da marca Tipp-ex, que teve mais de 21 milhões de visualizações e usou a interatividade para entreter o usuário: em determinada parte do vídeo, havia a opção de atirar ou não no urso. As escolhas de cada usuário serviram para segmentar o público, redirecionando para outros vídeos da mesma campanha.
Outro exemplo interessante é o ‘Pôneis Malditos’ (2011), da Nissan. O vídeo, que era uma ação de varejo e nada tinha a ver com branding, gerou uma viralização que nem os criadores esperavam e ultrapassou a marca de 15 milhões de visualizações rapidamente, além de uma quantidade enorme de prêmio para os criadores.
É evidente que não existe uma receita de viralização, isso é orgânico. Mas a plataforma é a principal aliada para dar o empurrão que uma campanha precisa. Conteúdo instigante, possibilidade de engajamento e interatividade, originalidade e conteúdo pensados do digital para offline (e não o contrário) são as chaves para o sucesso e, certamente, o maior desafio.
Pensar nos formatos dentro do YouTube para o plano de uma campanha, atualmente, é primordial levando em consideração três fatores: alcance da publicação, baixo custo por impacto e a propagação do conteúdo.”