O Creative E-commerce Lions, destinado a ações que acompanham o consumidor em sua jornada de compra, teve apenas 9 cases vencedores dentre as 300 inscrições feitas. E o Brasil conseguiu um deles, graças a “Air Max Graffiti Stores”, da AKQA para Nike, que faturou um Bronze. Além do Leão, foram mais 3 cases finalistas: “Pay per beer”, da Africa para Brahma, “Pet-Commerce”, da Ogilvy para Petz”, e mais uma menção a “Air Max Grafitti Stores”.
A campanha de Nike é o primeiro Leão brasileiro na categoria lançada em 2018 (quando, apesar de três finalistas, o país não converteu nenhum em prêmio). O case foi apontado pela representante do país no júri, Renata Bokel (IBM) como um exemplo da tendência de que o comércio poderá ser feito por qualquer meio, inclusive por uma parede grafitada.
“Foi uma campanha corajosa, com atitude da Nike que enfrentou uma determinação governamental de se acabar com os grafites em São Paulo, bem contextualizado pela jurada brasileira. E também teve o desafio de fazer as pessoas comprarem o tênis mostrando apenas uma caracterização dele”, diz Daniel Bonner, CCO global da Wunderman e presidente do júri.
A categoria distribuiu 1 Grand Prix, 1 ouro, 2 pratas e 5 bronzes. O prêmio máximo foi de “Do Black – The Carbon Limit Credit Card”, invenção da TBK de Estocolmo para a fintech Doconomy. A ação consiste em um cartão de crédito com limite. Mas não o tradicional limite financeiro, mas sim o limite de acordo com a emissão de carbono ocasionada pelo consumo. O aplicativo identifica as emissões ocasionadas por cada produto comprado e estabelecia um valor máximo.
“O case nos convenceu de que era um assunto para ser reconhecido e trazido à tona. Se o futuro do comércio será comprar de qualquer lugar e por qualquer meio, precisamos de um consumo mais inteligente”, resume Renata Bokel, head of consumer engagement Latam da IBM iX, jurada do mercado brasileiro.
Outro case bastante elogiado foi o único ouro da categoria, com “KFC Christmas Pocket Store”, da Isobar China para KFC (Yum). Na ação, o aplicativo WeChat, um fenômeno com quase 1 bilhão de usuários no mundo, funcionou como e-commerce dos produtos KFC, para enfrentar um problema típico daquele país: a falta de locais para criar novas lojas.
