Ação da Kallas para o Itáu; empresa de OOH vislumbra recuperação mais rápida do que outros players do mercado (Divulgação)

Muitas empresas de out of home aproveitaram o período de quarentena para, como diz o CEO Rodrigo Kallas, da Kallas, “aterrissar o avião” e dar manutenção a ele no chão, coisa que, às vezes, diante do turbilhão do dia a dia, não é possível. “Trabalhamos assuntos internos. Foram muitas as concessões que ganhamos nos últimos anos e unimos a equipe para aprimorar nossas apresentações, posicionamento e abordagem comercial. Deixamos de falar em número de faces dos ativos Kallas, para focar em impactos embasados nas métricas de marcado e na jornada do consumidor”, afirma o executivo.

Para a recuperação, ele diz acreditar que a retomada será gradual. “O aumento do fluxo de pessoas primeiramente será nas ruas, avenidas das cidades e no transporte público. Estamos investindo em tecnologia e métricas para oferecer oportunidades diferenciadas de mídia com valores proporcionais à entrega, tendo base em métricas, geolocalização, fluxo de pessoas e resultados”, explica.

Rodrigo Kallas: “O aumento do fluxo de pessoas será primeiramente nas ruas” (Divulgação)

Ele comenta ainda que o ótimo relacionamento com os clientes fez com que eles permanecessem durante a pandemia. “Buscamos negociações no formado ‘ganha ganha’, cujo teor é fazer com que os clientes continuassem honrando as negociações financeiras e, em troca, a Kallas estendeu prazos e campanhas para compensar futura redução do fluxo de pessoas durante o isolamento. “Muitos clientes utilizaram este período para fazer campanhas de conscientização e incentivo ao isolamento social. Outras potencializaram serviços como delivery e compras online”, comenta.

Ele conta que grande parte do seu time ficou de férias e a outra parte trabalhando em home office. Um pequeno contingente da equipe de rua, que realiza manutenção dos equipamentos, foi alocada para a higienização de abrigos de ônibus e carrinhos de bagagem nos aeroportos. “Estes, por sua vez, receberam treinamento e equipamentos de EPI para proteção. “Para a retomada criamos um comitê que está elaborando todos os procedimentos de segurança para que nossos colaboradores voltem aos escritórios da Kallas pelo país. Este retorno será feito gradualmente, segundo a atividade realizada pelos colaborados. Vamos mesclar as atividades entre o escritório e o home office”, argumenta.

A Kallas vislumbra uma recuperação do OOH mais rápida do que outros players do mercado. “Temos essa expectativa, visto que a política do não cancelamento adotada junto aos clientes da Kallas foi bem-sucedida. Conseguimos reter 35% dos nossos clientes, uma média acima do estimado para o setor do OOH”, calcula.

Segundo o CEO, as características do meio OOH o diferenciam de outros do mercado, pois é uma mídia que companha o consumidor em sua jornada diária pelas ruas, nos transportes públicos e nos aeroportos. “Neste momento as pessoas estão começando a retomar as suas rotinas, ansiosas para sair de casa, e a mídia que ‘fala’ com essas pessoas é o OOH”.

E ele tem razão nesse quesito, já que, segundo os dados do Cenp Meios, nos últimos três anos, o OOH é a terceira mídia que mais cresce no Brasil. “E acreditamos que vai continuar crescendo”. Ele conta que mesmo durante a pandemia muitas marcas continuaram utilizando o OOH, principalmente empresas de consumo, como de fast-food e bebidas. “Fora da pandemia temos importantes marcas de todos os setores que acreditam e investem no meio. O grande exemplo da força do OOH está na presença das gigantes digitais, como Google, Netflix, Globo Play e Facebook”, conclui.